Impossível não emocionar-se com a demonstração de alegria do carnaval brasileiro. Entra ano sai ano, o coração bate mais forte, o pulso acelera, as lágrimas rolam. Ainda mais para mim, morando aqui na presidente vargas, ao lado do sambódromo.
Infelizmente tudo tem um custo, principalmente social, que não pode ser ignorado. O nosso subdesenvolvimentismo aflora em cada momento. As ruas não tem banheiros químicos suficientes, muito menos lixeiras. Pela manhã, o que se vê é um mar de lixo e urina por toda a parte. Os mais abonados ficam nos luxuosos camarotes ou no alto dos carros; as rainhas de bateria, em sua maioria são loiras platinadas, em detrimento das mulatas da comunidade. Aos desfavorecidos, resta ensaiar na quadra durante três ou quatro meses antes para ganhar a fantasia, ou pagar mais barato por um lugar nos setores 1, 11 e 13, os piores.
Hoje pela manhã caminhando pela presidente vargas, não pude deixar de emocionar-me com as dezenas de famílias de camelôs dormindo, extasiados, jornada ingrata, em todos os cantos.
A julgar pelos péssimos investimentos em educação dos políticos brasileiros ainda vair perdurar por muito tempo.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
carnaval
Estava tudo pronto, logo ela que adorava carnaval. Apesar de morar no Rio nunca tinha passado o carnaval na marquês de sapucaí; comprou dois ingressos, comemoraria o aniversário de namoro.
É claro que não seria tão fácil assim. Faltava convencer o namorado, pouco afeito a folias carnavalescas. Pelo menos era isso o que ele confessava nestes onze meses de relacionamento. Em uma conversa decisiva convidou-o para a festa. Realmente não foi desta vez. Explicou que não conseguia imaginar uma festa que durasse doze horas. E ela entendeu as razões, tinha uma ponta de verdade. Convidou uma amiga e foi, toda serelepe rumo à avenida.
O espetáculo era realmente tudo o que falavam, na primeira escola ficou maravilhada; era muito melhor do que na tv. A melhor parte era quando a bateria se aproximava; impossível ficar parada. Máquina digital à tiracolo não sabia se assistia à tudo ou documentava.
E foi então que um inesperado abreviou a sua festa, uma enxaqueca terrível, dessas que a gente só tem uma vez no ano, obrigou-a deixar a avenida às pressas rumo ao conforto do lar; só conseguiur ver duas escolas.
Foi quando descobriu que o namorado não odiava o carnaval tanto como dizia: encontrou-o ainda na sala, fantasiado, confetes, serpentinas, maquiado, branco igual a giz de cera, com uma garota, tão parecida com você.
Não houve palavras, nem despedidas, nem choro, nem vela.
Desilusão é uma coisa boa: significa que você não está mais iludida.
É claro que não seria tão fácil assim. Faltava convencer o namorado, pouco afeito a folias carnavalescas. Pelo menos era isso o que ele confessava nestes onze meses de relacionamento. Em uma conversa decisiva convidou-o para a festa. Realmente não foi desta vez. Explicou que não conseguia imaginar uma festa que durasse doze horas. E ela entendeu as razões, tinha uma ponta de verdade. Convidou uma amiga e foi, toda serelepe rumo à avenida.
O espetáculo era realmente tudo o que falavam, na primeira escola ficou maravilhada; era muito melhor do que na tv. A melhor parte era quando a bateria se aproximava; impossível ficar parada. Máquina digital à tiracolo não sabia se assistia à tudo ou documentava.
E foi então que um inesperado abreviou a sua festa, uma enxaqueca terrível, dessas que a gente só tem uma vez no ano, obrigou-a deixar a avenida às pressas rumo ao conforto do lar; só conseguiur ver duas escolas.
Foi quando descobriu que o namorado não odiava o carnaval tanto como dizia: encontrou-o ainda na sala, fantasiado, confetes, serpentinas, maquiado, branco igual a giz de cera, com uma garota, tão parecida com você.
Não houve palavras, nem despedidas, nem choro, nem vela.
Desilusão é uma coisa boa: significa que você não está mais iludida.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
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