Impossível não emocionar-se com a demonstração de alegria do carnaval brasileiro. Entra ano sai ano, o coração bate mais forte, o pulso acelera, as lágrimas rolam. Ainda mais para mim, morando aqui na presidente vargas, ao lado do sambódromo.
Infelizmente tudo tem um custo, principalmente social, que não pode ser ignorado. O nosso subdesenvolvimentismo aflora em cada momento. As ruas não tem banheiros químicos suficientes, muito menos lixeiras. Pela manhã, o que se vê é um mar de lixo e urina por toda a parte. Os mais abonados ficam nos luxuosos camarotes ou no alto dos carros; as rainhas de bateria, em sua maioria são loiras platinadas, em detrimento das mulatas da comunidade. Aos desfavorecidos, resta ensaiar na quadra durante três ou quatro meses antes para ganhar a fantasia, ou pagar mais barato por um lugar nos setores 1, 11 e 13, os piores.
Hoje pela manhã caminhando pela presidente vargas, não pude deixar de emocionar-me com as dezenas de famílias de camelôs dormindo, extasiados, jornada ingrata, em todos os cantos.
A julgar pelos péssimos investimentos em educação dos políticos brasileiros ainda vair perdurar por muito tempo.
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