terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Rei Palácio Dourado - O Senhor dos Anéis, por Tolkien

   Onde estão cavalo e dono? Onde a trompa que ecoava?
   Onde estão elmo e gibão e o cabelo que esvoaçante brilhava?
   Onde está a mão sobre a harpa e do fogo o rubro tremer?
   A primavera e a colheita onde estão e o trigo alto a crescer?
   Como a chuva da montanha passaram, como um vento no prado;
   Os dias  do poente desceram atrás do monte ensombreado.
   A fumaça da brasa que morre quem a irá guardar?
   E os anos do Mar refluindo quem os irá contemplar?


   Volume único página 531.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A melhor coisa do mundo

   Tanto tempo procurando
   Sem conseguir descobrir
   Por tantos vícios, por tantos bares
   Lugares tão longe daqui
   Quanta solidão, tanta tristeza
   Por não conseguir encontrar
   A melhor coisa do mundo
   Já não consigo procurar
   Tantas voltas no mesmo lugar
   Quanta caminhada nos consultórios
   Procurando saber de você
   Mas o tempo foi passando 
   e eu me perdi
   Sobre tantas esperanças...
   Que vontade de sumir
   Mas que bobagem
   Tanto tempo eu procurei
   Você sempre do meu lado
   E eu nunca te encontrei.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Perda

   Já não consigo mais te ver
   E as luzes todas apagadas
   Não há ninguém para consolar
   A noite é fria e traz lembranças
   De um tempo não esquecido
   É difícil fingir que não vejo
   E controlar a vontade de você
   São só tristezas lá em casa
   Cenário inóspito na madrugada
   Eu ando nas ruas perdido entre as pessoas
   Tentando lembrar um pouco das coisas boas
   Este telefone que não toca
   Você que nunca mais entrou por esta porta
   Quem sabe são esperanças mais...mais nada
   Quem sabe eu não sabia desta perda anunciada

sábado, 1 de setembro de 2012

Alexandre


  Vaidade.

   E como é fácil quando não é comigo. Escutar  teu sentimento, tua vontade, um desejo. Saber não poder corresponder, e calar-se, sem resposta, sem esperança, sem nada. E dessa negligência veio a perda, tão desnecessária, tão rápida e surpresa. E até nesse momento o egoísmo aflora, de um remorso que corrói e machuca, de uma vontade de desculpar-se que não pode ser realizada.

  Choro por mim, mas choro principalmente por você, pela tua falta, pela vontade de estar no teu lugar, com teu sorriso doce, alegre, espontâneo, de uma brevidade que não escolhe virtudes, de uma melancolia que percorre e se completa, nos momentos difíceis, nas lembranças dos momentos vividos e não vividos, das histórias não compartilhadas, das saudações entrecortadas.
   E essa despedida que não pôde ser realizada, do tempo de um sonho cortado pela metade, eu estive tão perto, tão confiante numa vida eterna, de um filme de final feliz, num comprometimento não idealizado, de que no final tudo dá certo.
   E na tua coragem naquele momento tão seu, de acreditar que tudo seria possível, de oferecer o melhor de si, nessa singeleza tão pura por onde vivem os apaixonados. Buscando na força da tua fé e do teu trabalho, chorando sozinho, idealizando um happy and possível, por que não? Encontrando às vezes, falando trivialidades, desconversando, mudando de assunto.


   E quem sabe Alê, na tua última imagem, no choro contido, no teu caráter, eu possa recuperar a minha dignidade. E saber que talvez no dia do  nosso reencontro, em outras vidas certamente, eu possa te abraçar e dizer sim, me perdoa, principalmente pelo que eu não te disse para que eu  também, assim como tu, descanse em paz.