sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pra frente é que se anda.

Sempre houve a crença generalizada de que o progresso e a ciência seriam capazes de fornecer aos seres humanos uma vida feliz e realizada com o decorrer dos anos. Como se um simples mudar de folhinha fosse a garantia de que a nossa vida seria melhor do que nossos avós.
O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda dizia que a ciência e verdadeira religião jamais devem se contradizer.Enfatizava a importância de que o progresso deve ser acompanhado de valores éticos para que as pessoas tivessem consciência da importância de cada indivíduo na realização de progressos genuinamente humanos para toda a humanidade. Acreditava no progresso do ser humano, mas era contra a idéia de que a felicidade do ser humano cresce conforme a ciência avança. Acreditava principalmente que deve se possuir uma religião cuja filosofia de vida possa conduzir corretamente a ciência e civilização. Do contrário todo o progresso seria inútil. Utilizava como exemplo, o desenvolvimento de armas nucleares que não tinha nenhum benefício para a sociedade.
A própria história nos mostra tudo isto. Ninguém imaginava que após a carnificina da I Guerra, todos haveríamos de enfrentar um terror ainda pior, que foi a II. Infelizmente em pleno séc. XXI continuamos a repetir os mesmos erros. A natureza já está cobrando a conta: Furacão Katrina, Tsunami, entre outros.
Aqui no Brasil, não é diferente. Foi divulgado nesta sexta-feira novos dados sobre a saúde dos brasileiros.41% morrem antes de completar 60 anos. Na maioria doenças evitáveis, ligadas ao fumo, obesidade e sedentarismo.
O mais triste é que os dados estão piorando. Negros e pobres estão entre as maiores. E cada faixa etária tem a sua peculiaridade. Jovens pobres até trinta anos morrem assassinados ou de acidente de moto. 80% das vítimas são homens. A aids atinge 40% dos homossexuais. Se conseguem passar desta faixa etária, logo os esperam diabetes, derrames ou problemas cardíacos, em decorrência de fumo, má alimentação ou bebida excessiva.
Os que passam dos sessenta, logo encontrarão a previdência social, maus tratos em ônibus, remédios caros, carga tributária excessiva. E serão poucos. Nesta idade a prevalecerão as mulheres que, triste sina, perceberão, algumas um pouco tarde, a causa de estar faltando homem no mercado.
No fundo estes dados são importantes não como um relatório pessimista, mas para mostrar-nos que ainda há muito trabalho a ser feito.

P.S.: Mais sobre Jossei Toda no dvd Revolução Humana volume 9 - O Juramento Suiko -, editado pela BSGI.

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