quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Os três tipos de mortes.
Pensando bem, só existem três tipos de mortes : a morte matada, a morte morrida e a morte em vida.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Far Away
Nas palavras, descobertas
Em um sorrriso, te buscar
Eu te vislumbro, flechada certa
Lampejo, sonhos, te procurar
Em tuas fotos, doce lembrança
Você distante, aonde estará ?
Te busco ao longe, sou tão criança
Fecho meus olhos pra te encontrar
Te ligo à tarde, bateu saudade
Tá preso em casa, hoje não dá
Eu não desisto, esperança que invade
Quem sabe à noite você possa estar
Agora eu sei, parece um sonho
Que eu te proponho, você... sei lá
E se eu ainda continuar tentando
Quem sabe um beijo eu possa roubar.
Em um sorrriso, te buscar
Eu te vislumbro, flechada certa
Lampejo, sonhos, te procurar
Em tuas fotos, doce lembrança
Você distante, aonde estará ?
Te busco ao longe, sou tão criança
Fecho meus olhos pra te encontrar
Te ligo à tarde, bateu saudade
Tá preso em casa, hoje não dá
Eu não desisto, esperança que invade
Quem sabe à noite você possa estar
Agora eu sei, parece um sonho
Que eu te proponho, você... sei lá
E se eu ainda continuar tentando
Quem sabe um beijo eu possa roubar.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Aconteceu naquela noite
Foi engraçado e aconteceu no ano passado no programa Saia Justa. Em um dos debates do programa, a atriz Maitê Proença externou sua indignação com os homens que brigam durante o dia com os seus amores e depois, sem o menor pudor, procuram as mulheres cheios de amor para dar durante à noite. " Ou come ou briga...", desabafou.
Realmente acho que deve ser difícil para as mulheres lidarem com essa peculiaridade masculina e sinceramente acreditou que não é deliberado. Eu acho que é um jeito masculino de pedir desculpas, meio sem vergonha é verdade, mas sem maldade. Nos homens orgulhosos, essa acaba sendo a única maneira de pedir desculpas.
As mulheres, obviamente, não aceitam essa singeleza de gestos e, muitas vezes os tomam como ofensa pessoal o que, invariavelmente não torna o desfecho dos mais favoráveis. Então, feridos em seu orgulho de macho, eles tomam aquela que poderia ser a pior das atitudes: vão dormir fora de casa, um verdadeiro acinte para uma mulher apaixonada.
Aqui no Brasil ainda não tem o seu devido valor, mas acredito que um terapeuta, atuando num campo neutro posssa ajudar determinados casais que tem uma dificuldade de diálogo, que contribui para desgastar relacionamentos que poderiam ser muito mais duradouros.
Em meus relacionamentos venho aprendendo a importância do silêncio, da observância das sutilezas, dos olhares entrecortados, dos momentos solitários. Durante muito tempo pregou-se, principalmente por parte das mulheres, o " discutir a relação", nem sempre com resultados satisfatórios. Sim porque os homens não querem discutir o que eles não acham que precisam mudar, prometer coisas que eles sabem que não irão cumprir, pedir perdão por atos que eles sabem que são errados mas que infelizmente, eles voltarão a fazer.
É isso que as mulheres precisam entender: não dá pra mudar um homem. Essa é uma decisão só deles, o que leva tempo, e só cada um sabe o quanto dura. Ou ela se relaciona com homens mais maduros e experientes, ou convenciona-se com as instabilidades da igualdade cronológica.
Não é fácil eu sei, nem justo, mas é o preço que as mulheres pagam por amadurecerem mais cedo. Como compensação, vivem(muito) mais do que os homens. Se são mais felizes, isso é uma interpretação de cada um.
" Ser mulher é algo dificílimo, já que consiste basicamente em lidar com homens."
J. Conrad
Realmente acho que deve ser difícil para as mulheres lidarem com essa peculiaridade masculina e sinceramente acreditou que não é deliberado. Eu acho que é um jeito masculino de pedir desculpas, meio sem vergonha é verdade, mas sem maldade. Nos homens orgulhosos, essa acaba sendo a única maneira de pedir desculpas.
As mulheres, obviamente, não aceitam essa singeleza de gestos e, muitas vezes os tomam como ofensa pessoal o que, invariavelmente não torna o desfecho dos mais favoráveis. Então, feridos em seu orgulho de macho, eles tomam aquela que poderia ser a pior das atitudes: vão dormir fora de casa, um verdadeiro acinte para uma mulher apaixonada.
Aqui no Brasil ainda não tem o seu devido valor, mas acredito que um terapeuta, atuando num campo neutro posssa ajudar determinados casais que tem uma dificuldade de diálogo, que contribui para desgastar relacionamentos que poderiam ser muito mais duradouros.
Em meus relacionamentos venho aprendendo a importância do silêncio, da observância das sutilezas, dos olhares entrecortados, dos momentos solitários. Durante muito tempo pregou-se, principalmente por parte das mulheres, o " discutir a relação", nem sempre com resultados satisfatórios. Sim porque os homens não querem discutir o que eles não acham que precisam mudar, prometer coisas que eles sabem que não irão cumprir, pedir perdão por atos que eles sabem que são errados mas que infelizmente, eles voltarão a fazer.
É isso que as mulheres precisam entender: não dá pra mudar um homem. Essa é uma decisão só deles, o que leva tempo, e só cada um sabe o quanto dura. Ou ela se relaciona com homens mais maduros e experientes, ou convenciona-se com as instabilidades da igualdade cronológica.
Não é fácil eu sei, nem justo, mas é o preço que as mulheres pagam por amadurecerem mais cedo. Como compensação, vivem(muito) mais do que os homens. Se são mais felizes, isso é uma interpretação de cada um.
" Ser mulher é algo dificílimo, já que consiste basicamente em lidar com homens."
J. Conrad
A vida como ela é
Qual a razão do sucesso do big brother, alguns perguntam. Por que nomes como Dourado ainda resistem ? Como o goleiro Bruno do Flamengo faz uma declaração daquela ? (para quem estava em Marte, " Quem é que nunca saiu na mão com a mulher ? " ).
Simples, simples, simples. Porque mostram a nossa essência. Porque ousam externar, o que em público procuramos esconder. Sim o brasileiro médio é homofóbico, bate em mulher ou acha que elas não podem exercer determinadas atividades, é racista, tem preconceito com os nordestinos...
Obviamente, o pudor e o medo das leis nos condenam ao comedimento, mas vá lá tomar umas a mais no bar e é um desfile dos nossos preconceitos mais arraigados. Alguns como Paulo Francis, Amaral Netto, General Newton Cruz, Figueiredo, diziam o que pensavam e foram hostilizados, mas faziam um enorme sucesso em determinados círculos. Francis era um dos articulistas mais lidos, Amaral Netto venceu sucessivas eleições...expressavam seus preconceitos sem pudor.
É como se seus seguidores pensassem, eu não tenho coragem de externar, talvez nem concorde, mas que no fundo o que ele fala tem um fundo de verdade, aí isso tem. Toda mulher gosta de apanhar, disse Nelson Rodrigues para horror das feministas. Uma "vênus lasciva" descreveu o então advogado de Doca Street, assassino confesso da pantera de minas Angela Diniz.
Hoje temos alguns poucos representantes, como o Diogo Mainardi, que expressa seus preconceitos, mas não assume que são preconceitos. Já o deputado Jair Bolsonaro não tem a menor vergonha. Com isso vai garantindo o mandato de cada eleição.
Dizem alguns pensadores que cada povo tem o governante que merece. Então estamos realizados, um presidente que não gosta de ler e assume, que delega à esposa um mero papel figurativo( um retrocesso em relação à Ruth Cardoso), um povo que ao invés de se preocupar com as leis que ditam normas, levando o brasileiro a pagar um dos mais altos impostos do mundo, ficam preocupado com quem vai ganhar o big brother, como foi a rodada do fim de semana, com quem vai ficar a heroína da novela da oito. Assim fica difícil.
Na verdade o big brother revela a nossa verdadeira essência, um povo que não gosta de ler, que adora um jeitinho, joga lixo no chão, paga propina, sonha em ganhar um dinheiro mole, adora um concurso público, emenda feriados. Como dizia o falecido Roberto Campos: não há perigo de melhorar.
Simples, simples, simples. Porque mostram a nossa essência. Porque ousam externar, o que em público procuramos esconder. Sim o brasileiro médio é homofóbico, bate em mulher ou acha que elas não podem exercer determinadas atividades, é racista, tem preconceito com os nordestinos...
Obviamente, o pudor e o medo das leis nos condenam ao comedimento, mas vá lá tomar umas a mais no bar e é um desfile dos nossos preconceitos mais arraigados. Alguns como Paulo Francis, Amaral Netto, General Newton Cruz, Figueiredo, diziam o que pensavam e foram hostilizados, mas faziam um enorme sucesso em determinados círculos. Francis era um dos articulistas mais lidos, Amaral Netto venceu sucessivas eleições...expressavam seus preconceitos sem pudor.
É como se seus seguidores pensassem, eu não tenho coragem de externar, talvez nem concorde, mas que no fundo o que ele fala tem um fundo de verdade, aí isso tem. Toda mulher gosta de apanhar, disse Nelson Rodrigues para horror das feministas. Uma "vênus lasciva" descreveu o então advogado de Doca Street, assassino confesso da pantera de minas Angela Diniz.
Hoje temos alguns poucos representantes, como o Diogo Mainardi, que expressa seus preconceitos, mas não assume que são preconceitos. Já o deputado Jair Bolsonaro não tem a menor vergonha. Com isso vai garantindo o mandato de cada eleição.
Dizem alguns pensadores que cada povo tem o governante que merece. Então estamos realizados, um presidente que não gosta de ler e assume, que delega à esposa um mero papel figurativo( um retrocesso em relação à Ruth Cardoso), um povo que ao invés de se preocupar com as leis que ditam normas, levando o brasileiro a pagar um dos mais altos impostos do mundo, ficam preocupado com quem vai ganhar o big brother, como foi a rodada do fim de semana, com quem vai ficar a heroína da novela da oito. Assim fica difícil.
Na verdade o big brother revela a nossa verdadeira essência, um povo que não gosta de ler, que adora um jeitinho, joga lixo no chão, paga propina, sonha em ganhar um dinheiro mole, adora um concurso público, emenda feriados. Como dizia o falecido Roberto Campos: não há perigo de melhorar.
sábado, 20 de março de 2010
Só você não vê
À noite um sorriso largo
Que até um passaro consegue ver
Ao término, um certo afago
Que aos meus braços faz renascer
Para ti, todo o meu encanto.
E em que outra pessoa seria ?
E o meu passado riscado em branco.
Sem teus olhos já não vivia
Cometo um erro, clamor fatal
Um medo eterno de te perder
Busco um antídoto pra todo o mal
Sem você não sei mais viver
Recompensado, recebo em casa
Todo o brilho do teu olhar
Apaixonado, não deixo mágoa
Quem sabe você ainda queira voltar
Ainda assim, eu não desisto
Talvez você ainda possa ficar
Te ligo à noite tão certo, insisto
Desvio meus olhos para não chorar
O teu perfume ficou no ar
Única lembrança da tua presença
Fecho os meus olhos sem te encontrar
Só em meus sonhos tua existência.
Que até um passaro consegue ver
Ao término, um certo afago
Que aos meus braços faz renascer
Para ti, todo o meu encanto.
E em que outra pessoa seria ?
E o meu passado riscado em branco.
Sem teus olhos já não vivia
Cometo um erro, clamor fatal
Um medo eterno de te perder
Busco um antídoto pra todo o mal
Sem você não sei mais viver
Recompensado, recebo em casa
Todo o brilho do teu olhar
Apaixonado, não deixo mágoa
Quem sabe você ainda queira voltar
Ainda assim, eu não desisto
Talvez você ainda possa ficar
Te ligo à noite tão certo, insisto
Desvio meus olhos para não chorar
O teu perfume ficou no ar
Única lembrança da tua presença
Fecho os meus olhos sem te encontrar
Só em meus sonhos tua existência.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Haiti
Choro por ti, Haiti
Choro por tua tragédia,
pelos teus filhos
Choro por tuas mães,
por tus crianças
Choro por ti, Haiti
choro por teus mortos,
mas também pelos que
ficaram vivos.
Choro por quem ainda
está nos escombros,
pelos desaparecidos.
Enquanto choro, penso
em minha família, em
meus amigos.
Choro por ti, Haiti
Imaginando, e se
fosse comigo?
Ter que recomeçar
literalmente do nada.
Choro por ti, Haiti
na tragédia que não
tem fronteiras
Choro por teus velhos,
tão poucos.
Choro por teu passado,
choro por teu presente
Choro por nossa omissão,
choro por nossa culpa
Choro porque também
temos responsabilidades.
Enquanto houver alguém
sofrendo, nossa luta
nunca irá acabar
Choro, por ti Haiti
mas também rezo.
Rezo por teu presente e,
principalmente:
Por teu futuro
Choro por tua tragédia,
pelos teus filhos
Choro por tuas mães,
por tus crianças
Choro por ti, Haiti
choro por teus mortos,
mas também pelos que
ficaram vivos.
Choro por quem ainda
está nos escombros,
pelos desaparecidos.
Enquanto choro, penso
em minha família, em
meus amigos.
Choro por ti, Haiti
Imaginando, e se
fosse comigo?
Ter que recomeçar
literalmente do nada.
Choro por ti, Haiti
na tragédia que não
tem fronteiras
Choro por teus velhos,
tão poucos.
Choro por teu passado,
choro por teu presente
Choro por nossa omissão,
choro por nossa culpa
Choro porque também
temos responsabilidades.
Enquanto houver alguém
sofrendo, nossa luta
nunca irá acabar
Choro, por ti Haiti
mas também rezo.
Rezo por teu presente e,
principalmente:
Por teu futuro
domingo, 10 de janeiro de 2010
Busca, por Amanda Flores
" Estar sozinho é um dos caminhos pra esta busca
Que quando ofusca é porque eu não sei como agir
Fugir não aceito, nem meu peito aceitaria
Durante o dia coração é pra sorrir
A noite vem, e eu sei que é muito mais difícil
É feito míssil em pleno céu da noite escura
E essa procura eterna dia noite e madrugada
E não há nada que dissolva esssa tortura, nada
E o coração se encanta por toda pessoa,
que numa boa saiba como me tocar(...)"
Busca, por Fábio Jr.
Começou na adolescência, o que era absolutamente compreensível; coisas da idade.
Romântica que só ela, escrevia versos, poemas, papel de carta( ainda existe isso ?),
se apaixonava perdidamente, chorava, sofria, como em um romance de José de Alencar.
O prólogo era sempre o mesmo: os olhos eram lindos, ou o sorriso, ou o jeito de virar o rosto, a história de vida( tão sofrido, perdeu a mãe tão cedo...) aliás, tinha uma predileção pelos sofredores ou problemáticos. Encantava-se dava presentes, ligava, fazia gostos e desgostos, só vendo. Logo percebeu que este comportamento não era normal, apaixonar-se tanto e tantas vezes.
Pior ficou quando chegou na maturidade. O mesmo comportamento, com o agravante que não tinha mais a desculpa da inexperiência, já sabia como iria terminar. O que no começo era apenas abandono, terminou por transformar-se também em enfado: agora também ela terminava, não queria mais, conhecera outro.
E o prazo invariavelmente terminava como as dedetizações; seis meses. Por quê ? Agora estava se tornardo talvez um pouco neurótica. Se apaixonava. Perdidamente. Três meses depois conhecia outro. Se apaixonava novamente. Mas e o atual ? Não posso terminar com ele. Vai que com esse não dá certo, e eu fico sozinha. Sem os dois. Não posso. Não consigo ficar sozinha. Sentia uma carência muito grande. E então começava a enumerar defeitos e qualidades dos amantes. O Vítor beija bem, mas transa mal. E não é carinhoso. Mas me liga. O Ricardo nem beija, mas transa muito bem. E quer compromisso sério. Mas mora longe. O ideal seria juntar as qualidades do Ricardo no Vítor. Se o Ricardo mudasse. Ou o Vítor. Dali a pouco, enjoava dos dois. E então precisava procurar outro, que a fizesse esquecer o Ricardo e o Vítor, já que não sabia viver sozinha. E tome cigarro, álcool, remédios, depressão certa. E sobra pra quem ? Euzinha aqui, amiga para todas as horas :
- Me ajuda Flor, eu não sei mais o que fazer. Eu não queria ser assim, me apaixono demais. Fácil. Veja agora a minha situação, louca pelo Daniel, que conheci no Ano Novo. Foi tudo tão lindo. Ele me beijou, como há muito eu não era beijada. Foi carinhoso, romântico, educado. Transou maravilhosamente bem. E é lindo, tem que ver parece uma pintura, um dos mais belos que já vi. E os dentes ? Branquinhos. Um sorriso de príncipe. E quando ele tirou a roupa. Mais bonito ainda. Trocamos telefone. E ele não ligou. Pensei que tivesse perdido meu número. Só consegui falar com ele seis dias depois. Nos encontramos novamente e foi mais lindo ainda. Dormimos juntos como um casal de adolescentes, abraçados, tomamos café da manhã. Se eu morresse naquele dia morreria feliz.
- E aí ? - perguntei eu.
- E aí que eu estou com medo de ficar telefonando muito, de pressionar, de ele achar que eu estou sendo chata, de fazer alguma coisa errada, de perdê-lo, e fico angustiada, louca para ligar, mas percebo que ele não sente a mesma inquietação, agora mesmo chamei para ir ao cinema e ele disse que já tem um compromisso marcado com alguns amigos, que vai deixar para a próxima. Será que ele gosta de mim com a mesma intensidade ?
- Difícil, né ? - respondi eu. - Já dizia o poeta. " Amar é sofrer, eu vou te dizer..." Sabia que todas nós mulheres somos fotógrafas amadoras ?
- Fotógrafa eu, como assim ?
- Fotógrafa, sim. De quinta. De casamento. De batizado. É só conhecermos um cara maravilhoso, que já queremos "eternizar o momento", como se isto fosse possível. É por isso que no seu caso e no de muitos outros eu indico logo o Budismo, a religião mãe da sabedoria. Minha querida amiga, nada é eterno, nada dura para sempre. Você nasceu sozinha e sozinha morrerá. Precisa aprender a lidar com isto. Não adianta se prender a namorados, filhos marido, bens materiais. Nitiren Daishonin, o sábio budista do séc. XVIII já dizia: a luz do sofrimento é o apego. Enquanto não entendermos a transitoriedade da vida, estaremos sempre procurando a felicidade no outro, ou culpando os outros pelos nossos infortúnios. E isso não vale só para as coisas boas não, para as tristezas também. Tá, ele foi maravilhoso. Que bom. Sabe lá se ele é assim no dia-a-dia ? E se for ? Se for melhor ainda. Mas não sofra antes da hora. Quem morre de véspera é peru de natal. Viva o hoje. Ele vai sair com os amigos? Saia com as suas amigas. Tome um sorvete, veja um filme, coma um Bic Mac. Viva. Homem detesta ser pressionado, cobrado. Se entrar por este caminho, vai ficar parecendo o chefe dele. Deixa que ele te ligue.
- E se ele não ligar ?
- Então ele não está apaixonado por você, foi bom, foi maravilhoso, mas ele já está em outra, ou nunca esteve na sua, ou não quer compromisso, ou milhões de coisas; não importa. Cuide da sua auto-estima. Sem esta necessidade absurda de estar com alguém. Sabe o que o teu caso me lembra ? Uma frase famosa de pára-choque de caminhão: evite a ressaca, mantenha-se bêbado.
- Não entendi ?
- Entendeu sim. Para curar a dor de um amor, procure um outro amor. É melhor estar mal-acompanhada do que só. Eu prefiro Cazuza: " a pior solidão é a solidão a dois."
- É acho que você tem razão. Te adoro, flor. Você é uma amiga e tanto.
- Eu também sua boba, sabe que a tua história vai pro blog, né?
- Desse jeito acabo ficando famosa, ainda bem que ninguém me conhece.
" Paixão: doença em que o paciente não quer ser curado."
Que quando ofusca é porque eu não sei como agir
Fugir não aceito, nem meu peito aceitaria
Durante o dia coração é pra sorrir
A noite vem, e eu sei que é muito mais difícil
É feito míssil em pleno céu da noite escura
E essa procura eterna dia noite e madrugada
E não há nada que dissolva esssa tortura, nada
E o coração se encanta por toda pessoa,
que numa boa saiba como me tocar(...)"
Busca, por Fábio Jr.
Começou na adolescência, o que era absolutamente compreensível; coisas da idade.
Romântica que só ela, escrevia versos, poemas, papel de carta( ainda existe isso ?),
se apaixonava perdidamente, chorava, sofria, como em um romance de José de Alencar.
O prólogo era sempre o mesmo: os olhos eram lindos, ou o sorriso, ou o jeito de virar o rosto, a história de vida( tão sofrido, perdeu a mãe tão cedo...) aliás, tinha uma predileção pelos sofredores ou problemáticos. Encantava-se dava presentes, ligava, fazia gostos e desgostos, só vendo. Logo percebeu que este comportamento não era normal, apaixonar-se tanto e tantas vezes.
Pior ficou quando chegou na maturidade. O mesmo comportamento, com o agravante que não tinha mais a desculpa da inexperiência, já sabia como iria terminar. O que no começo era apenas abandono, terminou por transformar-se também em enfado: agora também ela terminava, não queria mais, conhecera outro.
E o prazo invariavelmente terminava como as dedetizações; seis meses. Por quê ? Agora estava se tornardo talvez um pouco neurótica. Se apaixonava. Perdidamente. Três meses depois conhecia outro. Se apaixonava novamente. Mas e o atual ? Não posso terminar com ele. Vai que com esse não dá certo, e eu fico sozinha. Sem os dois. Não posso. Não consigo ficar sozinha. Sentia uma carência muito grande. E então começava a enumerar defeitos e qualidades dos amantes. O Vítor beija bem, mas transa mal. E não é carinhoso. Mas me liga. O Ricardo nem beija, mas transa muito bem. E quer compromisso sério. Mas mora longe. O ideal seria juntar as qualidades do Ricardo no Vítor. Se o Ricardo mudasse. Ou o Vítor. Dali a pouco, enjoava dos dois. E então precisava procurar outro, que a fizesse esquecer o Ricardo e o Vítor, já que não sabia viver sozinha. E tome cigarro, álcool, remédios, depressão certa. E sobra pra quem ? Euzinha aqui, amiga para todas as horas :
- Me ajuda Flor, eu não sei mais o que fazer. Eu não queria ser assim, me apaixono demais. Fácil. Veja agora a minha situação, louca pelo Daniel, que conheci no Ano Novo. Foi tudo tão lindo. Ele me beijou, como há muito eu não era beijada. Foi carinhoso, romântico, educado. Transou maravilhosamente bem. E é lindo, tem que ver parece uma pintura, um dos mais belos que já vi. E os dentes ? Branquinhos. Um sorriso de príncipe. E quando ele tirou a roupa. Mais bonito ainda. Trocamos telefone. E ele não ligou. Pensei que tivesse perdido meu número. Só consegui falar com ele seis dias depois. Nos encontramos novamente e foi mais lindo ainda. Dormimos juntos como um casal de adolescentes, abraçados, tomamos café da manhã. Se eu morresse naquele dia morreria feliz.
- E aí ? - perguntei eu.
- E aí que eu estou com medo de ficar telefonando muito, de pressionar, de ele achar que eu estou sendo chata, de fazer alguma coisa errada, de perdê-lo, e fico angustiada, louca para ligar, mas percebo que ele não sente a mesma inquietação, agora mesmo chamei para ir ao cinema e ele disse que já tem um compromisso marcado com alguns amigos, que vai deixar para a próxima. Será que ele gosta de mim com a mesma intensidade ?
- Difícil, né ? - respondi eu. - Já dizia o poeta. " Amar é sofrer, eu vou te dizer..." Sabia que todas nós mulheres somos fotógrafas amadoras ?
- Fotógrafa eu, como assim ?
- Fotógrafa, sim. De quinta. De casamento. De batizado. É só conhecermos um cara maravilhoso, que já queremos "eternizar o momento", como se isto fosse possível. É por isso que no seu caso e no de muitos outros eu indico logo o Budismo, a religião mãe da sabedoria. Minha querida amiga, nada é eterno, nada dura para sempre. Você nasceu sozinha e sozinha morrerá. Precisa aprender a lidar com isto. Não adianta se prender a namorados, filhos marido, bens materiais. Nitiren Daishonin, o sábio budista do séc. XVIII já dizia: a luz do sofrimento é o apego. Enquanto não entendermos a transitoriedade da vida, estaremos sempre procurando a felicidade no outro, ou culpando os outros pelos nossos infortúnios. E isso não vale só para as coisas boas não, para as tristezas também. Tá, ele foi maravilhoso. Que bom. Sabe lá se ele é assim no dia-a-dia ? E se for ? Se for melhor ainda. Mas não sofra antes da hora. Quem morre de véspera é peru de natal. Viva o hoje. Ele vai sair com os amigos? Saia com as suas amigas. Tome um sorvete, veja um filme, coma um Bic Mac. Viva. Homem detesta ser pressionado, cobrado. Se entrar por este caminho, vai ficar parecendo o chefe dele. Deixa que ele te ligue.
- E se ele não ligar ?
- Então ele não está apaixonado por você, foi bom, foi maravilhoso, mas ele já está em outra, ou nunca esteve na sua, ou não quer compromisso, ou milhões de coisas; não importa. Cuide da sua auto-estima. Sem esta necessidade absurda de estar com alguém. Sabe o que o teu caso me lembra ? Uma frase famosa de pára-choque de caminhão: evite a ressaca, mantenha-se bêbado.
- Não entendi ?
- Entendeu sim. Para curar a dor de um amor, procure um outro amor. É melhor estar mal-acompanhada do que só. Eu prefiro Cazuza: " a pior solidão é a solidão a dois."
- É acho que você tem razão. Te adoro, flor. Você é uma amiga e tanto.
- Eu também sua boba, sabe que a tua história vai pro blog, né?
- Desse jeito acabo ficando famosa, ainda bem que ninguém me conhece.
" Paixão: doença em que o paciente não quer ser curado."
domingo, 3 de janeiro de 2010
Novelas, por Amanda Flores
Eu adorava. Acompanhava os capítulos, torcia pelos personagens, chorava. Mas parece que o encanto se quebrou. Não consigo mais assistir. Tornaram-se monótonas, repetitivas, previsíveis. Assim como determinados blockbusters, seriados de tv.
Mudei eu, ou mudou o Brasil ? Acho que as duas coisas. Nosso tempo está ficando cada vez mais curto, entraram outras mídias, duas horas são muito tempo. E além do mais, como diz a minha amiga Sueli Almada, quem viu uma, viu todas. Duas pessoas se apaixonam, depois brigam, e passam o resto da trama tentando resolver as suas diferenças, até ficarem juntos novamente.
Pra falar a verdade, televisão aqui em casa é uma natureza morta. Um objeto quase insignificante, quase nunca é usada. Não caí, ainda, no modismo do LCD, justamente porque ainda não penso em utilizá-la.
E eu que já gostava de ler, estou cada vez mais apaixonada, agora mais seletiva, só clássicos, série Crepúsculo nem pensar, não tenho paciência. Mas fica a crítica:
Obviamente, algumas vezes você é obrigada a ver, quando está visitando alguém e a dita cuja está ligada, falta de educação das piores, durante a conversa. Os autores, em sua maioria homens, ainda insistem em tratar as mulheres como idiotas, sofredoras, que precisam ficar se humilhando pelo amor de um homem. Chega a ser patético assistir pela enésima vez, mulheres brigando pelo companhia de um cafajeste. E ainda se sentirem culpadas pelos erros dos salafrários. Nem perco o meu tempo.
" O imbecil é aquele que não muda. Mudei e aprendi. Muitos dos meus críticos nem mudaram, nem aprenderam."
Roberto Campos
Mudei eu, ou mudou o Brasil ? Acho que as duas coisas. Nosso tempo está ficando cada vez mais curto, entraram outras mídias, duas horas são muito tempo. E além do mais, como diz a minha amiga Sueli Almada, quem viu uma, viu todas. Duas pessoas se apaixonam, depois brigam, e passam o resto da trama tentando resolver as suas diferenças, até ficarem juntos novamente.
Pra falar a verdade, televisão aqui em casa é uma natureza morta. Um objeto quase insignificante, quase nunca é usada. Não caí, ainda, no modismo do LCD, justamente porque ainda não penso em utilizá-la.
E eu que já gostava de ler, estou cada vez mais apaixonada, agora mais seletiva, só clássicos, série Crepúsculo nem pensar, não tenho paciência. Mas fica a crítica:
Obviamente, algumas vezes você é obrigada a ver, quando está visitando alguém e a dita cuja está ligada, falta de educação das piores, durante a conversa. Os autores, em sua maioria homens, ainda insistem em tratar as mulheres como idiotas, sofredoras, que precisam ficar se humilhando pelo amor de um homem. Chega a ser patético assistir pela enésima vez, mulheres brigando pelo companhia de um cafajeste. E ainda se sentirem culpadas pelos erros dos salafrários. Nem perco o meu tempo.
" O imbecil é aquele que não muda. Mudei e aprendi. Muitos dos meus críticos nem mudaram, nem aprenderam."
Roberto Campos
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
O horror, o horror, por Pablo Santiago
Meu amigo Caio é uma figura. Sabe que eu sou politicamente incorretíssimo e ainda fica pedindo minha opinião :
- Pablo, estou na maior fossa.
- Desabafa aí cara, amigo é para estas coisas.
- Sabe o Bruno, aquele colega de trabalho que eu te falei ?
- Sei, teu amigo também, você sempre se amarrou na dele.
- Pôxa, o cara armou a maior cilada pra mim, descolou uma situação lá no escritório e melou completamente a minha promoção. E ele era um dos caras que eu mais confiava, verdadeiro irmão.
- O lance foi tão brabo assim ?
- Não consigo nem olhar na cara dele.
- Como se diz na gíria das ruas: faz parte.
- Você fala assim com essa calma, queria ver se fosse contigo.
- E você acha que eu nunca passei por isto ? Nós não somos os primeiros. Jesus, Buda, Mahatma Gandhi, Malcoln X e diversos outros foram traídos por pessoas em quem confiavam.
- É, mas uma coisa é ler isto nos livros, outra bem diferente é quando acontece com você.
- Sabe qual é o seu problema, meu amigo Bruno ? Você acredita demais nas pessoas. Veja o meu caso por exemplo. Ouço a todos, mas nunca levo à sério demais. Estou sempre preparado para uma mentira, traições, covardias e punhaladas pelas costas. E quer saber de uma coisa ? As pessoas quase nunca me decepcionam.
" As coisas mais abomináveis que os seus inimigos dizem para você na sua frente, não se comparam as que seus amigos dizem de você pelas suas costas."
- Pablo, estou na maior fossa.
- Desabafa aí cara, amigo é para estas coisas.
- Sabe o Bruno, aquele colega de trabalho que eu te falei ?
- Sei, teu amigo também, você sempre se amarrou na dele.
- Pôxa, o cara armou a maior cilada pra mim, descolou uma situação lá no escritório e melou completamente a minha promoção. E ele era um dos caras que eu mais confiava, verdadeiro irmão.
- O lance foi tão brabo assim ?
- Não consigo nem olhar na cara dele.
- Como se diz na gíria das ruas: faz parte.
- Você fala assim com essa calma, queria ver se fosse contigo.
- E você acha que eu nunca passei por isto ? Nós não somos os primeiros. Jesus, Buda, Mahatma Gandhi, Malcoln X e diversos outros foram traídos por pessoas em quem confiavam.
- É, mas uma coisa é ler isto nos livros, outra bem diferente é quando acontece com você.
- Sabe qual é o seu problema, meu amigo Bruno ? Você acredita demais nas pessoas. Veja o meu caso por exemplo. Ouço a todos, mas nunca levo à sério demais. Estou sempre preparado para uma mentira, traições, covardias e punhaladas pelas costas. E quer saber de uma coisa ? As pessoas quase nunca me decepcionam.
" As coisas mais abomináveis que os seus inimigos dizem para você na sua frente, não se comparam as que seus amigos dizem de você pelas suas costas."
Vivendo um conto de fadas, por Amanda Flores
Minhas amigas adoram chorar no meu ombro. Acham-me mais tarimbada nos dilemas rocambolescos que vivem. Não acredito nisso. Mas adoro ouvir histórias de amor. Felizes ou não.
Não foi diferente com a Vivi.
- Flor, preciso tanto de você.
- Fala aê menina, cê sabe que eu te adoro.
- Acabou tudo.
- Tudo ? Do que você está falando ?
- Meu namoro com o César.
- Mas estava indo tudo tão bem, você estava tão feliz.
- E estava mesmo. Eu não sei o que aconteceu.
- Ele terminou com você ?
- Ainda não.
- Ainda não ? Não entendi .
- Ele está diferente. Não me liga mais todo dia, nunca tem tempo, não fala mais as palavras amorosas que tanto dizia, tornou-se evasivo, distante... Tão diferente de três meses atrás.
- Então está dentro da média.
- Média ?
- É média. Os especialistas, pscólogos, terapeutas, sei lá, esses que vivem de estudar os nossos sentimentos, dizem que é o tempo que dura uma paixão. Depois ela começa a passar pelo choque de realidade. E com oferta tão grande quanto a procura...
- Estou arrasada.
- Sabe qual é a nossa dificuldade Vi ? Lembra quando a gente era criança ? Mamãe ou vovó contava-nos deliciosas histórias infantis. Recorda como começavam ?
- Sei lá...era uma vez ?
- Isso, isso. Muito bem, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Soldadinho de Chumbo, Três Porquinhos e por aí vai. E também outras lorotas, como papai noel, cegonha, saci-pererê, mula-sem-cabeça. Nós crescemos e antes de entrar na adolescência descobrimos que era tudo mentira.
- Mas o que isso tem a ver com o que eu estou te dizendo ?
- Tudo querida. Tudo. Existe uma história que gostávamos de ouvir, a mais especial, que não deixamos de acreditar. Os anos passam, os filhos vêem, maridos, trabalho e nós continuamos a pensar que é verdade. Lembra como as histórias terminavam ?
- E foram felizes para sempre ?
- Sim. Está mais do que na hora de apagarmos este devaneio de nossas vidas. E também pararmos de acreditar em príncipes encantados. Já começa errado no adjetivo: encantado. Encanto pra mim lembra feitiço, magia, ilusão, coisas irreais. Foi legal, beijou na boca, foi feliz ótimo. Acabou ? Parte para outra. Sem melodramas. Te ajudei ?
- Ah, Flor. Você foi ótima.
" O amor não é para ser eterno, mas sim, infinito enquanto dure. "
Vinícius de Moraes
Não foi diferente com a Vivi.
- Flor, preciso tanto de você.
- Fala aê menina, cê sabe que eu te adoro.
- Acabou tudo.
- Tudo ? Do que você está falando ?
- Meu namoro com o César.
- Mas estava indo tudo tão bem, você estava tão feliz.
- E estava mesmo. Eu não sei o que aconteceu.
- Ele terminou com você ?
- Ainda não.
- Ainda não ? Não entendi .
- Ele está diferente. Não me liga mais todo dia, nunca tem tempo, não fala mais as palavras amorosas que tanto dizia, tornou-se evasivo, distante... Tão diferente de três meses atrás.
- Então está dentro da média.
- Média ?
- É média. Os especialistas, pscólogos, terapeutas, sei lá, esses que vivem de estudar os nossos sentimentos, dizem que é o tempo que dura uma paixão. Depois ela começa a passar pelo choque de realidade. E com oferta tão grande quanto a procura...
- Estou arrasada.
- Sabe qual é a nossa dificuldade Vi ? Lembra quando a gente era criança ? Mamãe ou vovó contava-nos deliciosas histórias infantis. Recorda como começavam ?
- Sei lá...era uma vez ?
- Isso, isso. Muito bem, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Soldadinho de Chumbo, Três Porquinhos e por aí vai. E também outras lorotas, como papai noel, cegonha, saci-pererê, mula-sem-cabeça. Nós crescemos e antes de entrar na adolescência descobrimos que era tudo mentira.
- Mas o que isso tem a ver com o que eu estou te dizendo ?
- Tudo querida. Tudo. Existe uma história que gostávamos de ouvir, a mais especial, que não deixamos de acreditar. Os anos passam, os filhos vêem, maridos, trabalho e nós continuamos a pensar que é verdade. Lembra como as histórias terminavam ?
- E foram felizes para sempre ?
- Sim. Está mais do que na hora de apagarmos este devaneio de nossas vidas. E também pararmos de acreditar em príncipes encantados. Já começa errado no adjetivo: encantado. Encanto pra mim lembra feitiço, magia, ilusão, coisas irreais. Foi legal, beijou na boca, foi feliz ótimo. Acabou ? Parte para outra. Sem melodramas. Te ajudei ?
- Ah, Flor. Você foi ótima.
" O amor não é para ser eterno, mas sim, infinito enquanto dure. "
Vinícius de Moraes
Assinar:
Comentários (Atom)