quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Makiguti e sua relevância histórica

Poucas pessoas conhecem a história do professor japonês Tsunessaburo Makiguti. Uma pena. Seus valores, suas crenças e, sobretudo, sua coragem em denunciar as injustiças deveriam seguir de exemplo num tempo em que a convivência pacífica tem sido usada como pretexto para varrermos para debaixo do tapete comportamentos errôneos que, na maioria das vezes, corroem organizações que se pretendem reformadoras. Explico melhor.
Makiguti foi um reformista. Fundador da Soka Gakkai, organizaçao leiga que promove o Budismo em mais de 190 países, morreu em uma prisão japonesa na década de 40 por opor-se à unificação religiosa imposta pelo governo militarista japonês. Tendo dedicado sua vida à educação, Makiguti combateu firmemente a postura de alianças com comportamentos erráticos, em nome de um bem maior, tão bem propagada por Maquiavel e o seu os fins justificam os meios.
Para isso, era necessário coragem para denunciar veementemente os traidores da pátria que incentivavam o militarismo, os falsos amigos, as falhas de caráter. E por que isto é tão atual?
Porque num mundo dominado pelo relativismo, tornou-se comum tolerarmos "pequenos deslizes", em nome de um falso pluralismo que tende a passar por cima de desvios éticos em nome de um objetivo maior que validaria tais atitudes. E olha que eu nem estou falando de questões político-partidárias, embora venha ao caso em nosso momento político.
Mais do que nunca é preciso incentivar as boas práticas de relações humanas em detrimento dos conchavos, tapinha nas costas e sorrisos amarelos anunciadores de falsas promessas.

" Se você não tem coragem de ser inimigo do mal, então não pode ser amigo do bem."
Tsunessaburo Makiguti

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