sábado, 13 de setembro de 2008

César, o faraó.

Na época da escola, olhávamos admirados para as pirâmides do Egito, na maioria das vezes sem conseguir pronunciar seus nomes. Sempre tinha um profesor esquerdista para lembrar dos escravos explorados durante a construção: oh, quanto suor e sangue derramado, quando olhares para esta beleza lembrai-vos do custo humano da sua construção.
No Rio de Janeiro do século XXI, o prefeito Cesar Maia universalizou o conceito de dízimo para as obras faraônicas: rico ou pobre, todos nós estamos pagando pelo seu desvario megalomaníaco.É impossível não admirar, a medida que a construção vai chegando ao fim, afinal é ano de eleição, a beleza da cidade da música. O difícil é não concordar se ela seria mesmo necessária. 5oo milhões de reais; quantos hospitais não poderiam ser feitos, remédios distribuídos, crianças fora da rua, cursos profissionalizantes...
Fica a lição para cada um de nós: quando o ser humano não está comprometido com os ideais humanísticos, a soberba e a loucura sobem a cabeça, fazendo com que as necessidades mais básicas como saúde e educação, sejam preteridas em lugar de projetos de maior visibilidade. Ainda não foi desta vez que aprendemos a lição.
Estimado prefeito Cesar Maia: a história não te absolvirá.

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