terça-feira, 23 de setembro de 2008

A vida sem cigarro

Confesso que dessa vez é diferente. Sim, eu sei que já parei de fumar diversas vezes, esses anos todos, mas agora eu tenho um sentimento completamente novo. É uma verdadeira terapia. Pela primeira vez, eu não sinto vontade de fumar. Este fim de semana passei pela primeira prova de fogo, rodeado de amigos, cerveja, petiscos e nada.
Longe de mim se transformar em um chatonildo, militante antitabagismo. Entendo todo o ritual que é, as lembranças evocadas, os enredos holliwoodianos. Lembro-me com saudade e isto basta.
Acredito que está contribuindo para isto a minha estabilidade emocional, não se deixar levar pelas circunstâncias.
São nessas horas que lembramos das loucuras que já fizemos por um rogaci, tipo rodar várias ruas de madrugada em busca de um posto ou bar abertos, andar por uma praia deserta atrás de um louco com isqueiro ou fósforo, revirar a casa atrás do dito cujo sedento de nicotina, queimar os dedos, fazer um rombo naquele casaco caríssimo, quase tocar fogo na casa ao dormir com o cigarro aceso, fumar escondido em corredores de shoppings, desperdiçar a água de uma descarga inteira para apagar o flagrante...
Realmente, não vale a pena.

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