Uma semana separada, ufa. Nunca pensei que fosse tão difícil. Durante toda a minha vida, pautei a minha vida sob os desejos de um homem. Se fazia um bife, o maior pedaço era o dele. Se ia ao cinema, ele escolhia o filme. A louça... eu lavava. Internet, só quando ele não estava. Na cama, só o que ele gostava. Gente, eu era uma Amélia em pleno século XXI.
Estou me sentindo como uma ex-presidiária redescobrindo a liberdade. Tenho até um pouco de medo de sair sozinha. Não sei como está o mercado. Não sei nem para aonde ir. Os bares e casas noturnas ainda tem preconceito com mulheres sozinhas? Acredito que sim. Preciso ligar para alguma amiga. Ontem um( como eu que falo? Cara, rapaz, homem? Estou meio desatualizada) ficou me olhando insistentemente quando eu passei próximo ao Rio Sul. Olhei para trás um pouco encabulada, ele fez que fosse que me seguir, quase saí correndo. Meu coração bateu forte. Ainda bem que eu estava com uma amiga. Ela estava falando no celular, nem percebeu. Na verdade se ele viesse na minha direção, eu acho que eu desmaiava. Parecia uma adolescente.
Pensando bem, acho que foi até melhor. Eu ainda estou muito machucada, magoada, juntando os caquinhos. Não sei se seria o melhor momento para iniciar alguma coisa. Preciso de um tempo para cuidar de mim, fazer uma yoga, dormir até mais tarde, ler um livro.
Gato escaldado, tem medo de água fria.
Ah, essa eu li no GLOBO esta semana:
A garota passeava no calçadão quando viu um menino de rua cheirando cola. Se assustou:
- Não se preocupa, eu não roubo NEXTEL não.
A que ponto chegamos.
Um comentário:
Oi amigo, passei pra dar uma olhadinha no seu blog...bem legal o texto..adorei...
Verdade, em que ponto chegamos??...
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