
sábado, 27 de dezembro de 2008
Lauren Bacall
Ela foi uma das mais lindas de Hollywood e se casou com um dos mais
desejados: Humphrey Bogart. Todavia sua vida nunca foi fácil.
Enfrentou a perda de Bogart, levado pelo câncer de garganta, o segundo casamento,
o ostracismo após alguns fracassos, o divórcio a busca tão difícil por bons papéis femininos em uma Hollywood machista.
Mas enfrentou tudo isso com coragem, sem resignação. E pensar que perdeu Bogart hà cinquenta anos!!!! Hoje está aí com 88, uma feliz octogenária enfrentando com coragem esta fase
da vida tão difícil.
Dez anos atrás um repórter perguntou-lhe qual o segredo de tanta força. Respondeu com seu sorriso peculiar, outrora conhecido como The Look:
" Sei amar. Sei sofrer. Sei as coisas importantes."
Lauren Bacall
desejados: Humphrey Bogart. Todavia sua vida nunca foi fácil.
Enfrentou a perda de Bogart, levado pelo câncer de garganta, o segundo casamento,
o ostracismo após alguns fracassos, o divórcio a busca tão difícil por bons papéis femininos em uma Hollywood machista.
Mas enfrentou tudo isso com coragem, sem resignação. E pensar que perdeu Bogart hà cinquenta anos!!!! Hoje está aí com 88, uma feliz octogenária enfrentando com coragem esta fase
da vida tão difícil.
Dez anos atrás um repórter perguntou-lhe qual o segredo de tanta força. Respondeu com seu sorriso peculiar, outrora conhecido como The Look:
" Sei amar. Sei sofrer. Sei as coisas importantes."
Lauren Bacall
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Uma música, uma foto
Eu sei que você não sabe o quanto significa para mim
E talvez nem tenha culpa deste sentimento tão meu
Mas você sumiu e eu não sei nada de você
Nem nome, endereço ou idade.
Só sei que estou completamente apaixonado
E tenho certeza que será a minha verdadeira perdição
Antes diziam que com a idade passava
Mas olho à minha volta e não vejo saída
Eu olho a sua foto, seu jeito, minha saudade
Amor platônico, eu sei.
A esperança é um outro nome para continuar vivendo
O amor é a verdadeira capacidade de reinventar-se
E exercitar os nossos sentimentos mais nobres
Sinceramente eu só queria que você estivesse aqui ao meu lado
E então eu não choraria mais
E tudo teria significado
Eu ligo o rádio então e coloco uma música romântica
Tocando indefinidamente
Uma lágrima por nós dois
Para que eu possa adormecer e finalmente
Sonhar contigo
Para todo o sempre.
E talvez nem tenha culpa deste sentimento tão meu
Mas você sumiu e eu não sei nada de você
Nem nome, endereço ou idade.
Só sei que estou completamente apaixonado
E tenho certeza que será a minha verdadeira perdição
Antes diziam que com a idade passava
Mas olho à minha volta e não vejo saída
Eu olho a sua foto, seu jeito, minha saudade
Amor platônico, eu sei.
A esperança é um outro nome para continuar vivendo
O amor é a verdadeira capacidade de reinventar-se
E exercitar os nossos sentimentos mais nobres
Sinceramente eu só queria que você estivesse aqui ao meu lado
E então eu não choraria mais
E tudo teria significado
Eu ligo o rádio então e coloco uma música romântica
Tocando indefinidamente
Uma lágrima por nós dois
Para que eu possa adormecer e finalmente
Sonhar contigo
Para todo o sempre.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Por você e tudo o mais
Oh, baby eu sei que foi difícil pra você e também para mim.
Todas as vezes que eu tentei entender este teu jeito louco
As palavras entrecortadas, os soluços, os beijos.
Durante as últimas semanas eu fiquei pensando em
tudo o que você me disse.
Para simplesmente concluir que já não dá mais.
Ainda consigo lembrar os primeiros tempos
Você era pra mim como um sonho
Por tantas vezes tão distante
Realmente não foi fácil te conquistar
Todas as atenções estavam voltadas para você
Todos diziam-me, " igual ao teu, vários"
Mas, ingênuo, acreditei
Hoje acredito sinceramente que eu estava
entorpecido e embriagado
E fico pensando sinceramente se tudo isto valeu
a pena
Simplesmente como experiência,
para nunca mais cometer o mesmo erro novamente.
Levarei tua lembrança junto comigo
E então experimentarei pela primeira vez em minha vida
A sensação de ser livre
não de você nem ninguém
A capacidade de dizer não
E saber o que é melhor para mim
Ser feliz às vezes é uma forma de
ficar sozinho
Todas as vezes que eu tentei entender este teu jeito louco
As palavras entrecortadas, os soluços, os beijos.
Durante as últimas semanas eu fiquei pensando em
tudo o que você me disse.
Para simplesmente concluir que já não dá mais.
Ainda consigo lembrar os primeiros tempos
Você era pra mim como um sonho
Por tantas vezes tão distante
Realmente não foi fácil te conquistar
Todas as atenções estavam voltadas para você
Todos diziam-me, " igual ao teu, vários"
Mas, ingênuo, acreditei
Hoje acredito sinceramente que eu estava
entorpecido e embriagado
E fico pensando sinceramente se tudo isto valeu
a pena
Simplesmente como experiência,
para nunca mais cometer o mesmo erro novamente.
Levarei tua lembrança junto comigo
E então experimentarei pela primeira vez em minha vida
A sensação de ser livre
não de você nem ninguém
A capacidade de dizer não
E saber o que é melhor para mim
Ser feliz às vezes é uma forma de
ficar sozinho
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Drogas: retrato contundente por Vagner Andrade e Rodrigo Rosa
" Sinto que não sou mais a mesma. Não tenho vontade de fazer nada. Já perdi 12 quilos desde que comecei a fumar crack. Foi um namorado que me iniciou nisto. Ele morreu de AIDS há dois meses. Não sei se estou com a doença, mas não faz diferença. Acho que cheguei ao fundo do poço. Se soubesse, nunca teria entrado nesssa, mas não sinto vontade de parar. Esta é a primeira vez que sou presa. Não importa. Não sou traficante, só entrego alguns papelotes para livrar o meu. Não sei o nome do fornecedor. Não sei o que vai acontecer comigo. Tenho 20 anos, minha família é do interior de São Paulo. Meus pais acham que ainda estou na faculdade, mas há dois anos que não sei o que é aula. De vez em quando eu escrevo para eles. É bem verdade que a última carta foi há seis meses. Mas acho que estão felizes."
" Eu chego a cavar trinta covas por dia. Em dias de calor, fico extremamente cansado. Não é qualquer um que aguenta este serviço não. Muitos não ficaram nem uma semana. Cova rasa mesmo, principalmente na parte de indigentes. Trabalho aqui há mais de dez anos. Antigamente eu só enterrava velho. Agora, a maioria é adolescente 15 , 16 anos. Poderiam ser meu filho. Uma lástima."
" Ninguém sabe o que é ter um filho que se droga. Ele me bate, exige dinheiro do meu marido. Mês passado gastou mais de 10 mil com cocaína. Passei a lhe dar dinheiro para que ele parasse de roubar em casa. Não sei se agi errado por não tê-lo jogado na rua desde o início. É que sempre achei possível colocá-lo no caminho certo - desde que descobrimos um pacotinho de maconha escondido quando ele tinha 17 anos. Hoje eu o deixo se drogar em casa, aqui em Copacabana, para que não faça nenhuma besteira na rua. Mas às vezes parece que tenho um louco aqui dentro. Já chamei a polícia para levá-lo, mas eles dizem que ele precisa é de tratamento."
" Desde que o meu filho começou a usar crack tudo piorou. Começou a roubar turistas em Copacabana, celulares na Av. Rio Branco, às vezes rouba mil reais por dia, tudo para a droga. Já chegou a ficar dois meses fora de casa. Já perdia a conta de quantas passagens ele tem por delegacias, antes dos quinze anos já carregava dois assassinatos nas costas. Não sei como ainda está vivo. Na última fuga da cadeia, deram dois tiros no meu filhinho e ele quase passou desta para melhor. E ele só tem 19 aninhos. A minha última loucura foi fazer um cartaz com o nome dele e uma foto e para procurá-lo na central do brasil, quando fica muito tempo sem dar notícias."
" Numa batida de rotina vi um Escort parado, com três jovens dentro. De longe, mas de binóculo, percebi que iam se drogar. Esperei um pouco para dar um flagrante. Não deu outra: quando eles começaram, eu saí com meu carro fazendo poeira 'polícia'!, gritei, abrindo a porta do carro deles. O rapaz ao volante estava com uma seringa na mão pronto para o pico.'Fica parado aí ', eu disse. O carinha um tipo bem apresentável, de uns 22 anos tremia todo. Me implorou para que eu o deixasse injetar aquela merda: ' Eu vou morrer, por favor, uma vez só!' Parecia um cachorro esfomeado diante de um prato de carne e sem poder comer. Acho que se eu não o deixasse se injetar ele morria ali mesmo. Depois vim a saber que era filho de um empresário forte, muito forte. Para você ver que a droga não respeita idade, sexo ou classe social. O cara pegou a seringa, arregaçou a manga e mandou ver. Na primeira ele errou a veia, esguichou sangue. Mas, na segunda, foi na mosca. Aí ele deu aquela acalmada e me agradeceu mil vezes. Já estava na fase em que não dá para ficar mais de duas horas sem a droga. A última notícia que tive dele foi a de que estava no hospital - tinha sofrido uma parada cardíaca."
" O rapaz veio acompanhado da mãe. Quase não falava, demorava para responder, às vezes parecia não estar ali. Duas semanas antes, estivera internado num hospital com duas paradas cardíacas depois de injetar cocaína 20 horas seguidas. Era um milagre estar vivo. A mãe me disse que, naquele dia, ele havia gasto todo o seu salário comprando 15 gramas de pó. Reparei que o braço direito dele estava estava todo perfurado, cheio de manchas rochas e com caroços enormes, que pareciam berne de gado. O esquerdo estava na mesma situação, só que com um grande corte feito a gilete, infeccionado. Era evidente que as veia já estavam esclerosadas. Tinha começado a injetar cocaína aos 16 anos e estava com 25, mas não sei se chegará aos 30"
" O movimento maior é por volta das 18 horas na saída do trabalho. Quando o trem pára, dezenas de pessoas descem direto na boca de fumo do jacaré. Nessa hora que a droga mostra a sua verdadeira face, estudadantes, donas de casa, idosos, mulheres grávidas, a maioria se droga aqui mesmo, para não se pego em flagrante pela polícia. Os traficantes gritam, como numa feira livre, preços variados, são mais de cinco bocas de fumo na favela, têm dias que não dá conta de tanto viciado."
" Eu chego a cavar trinta covas por dia. Em dias de calor, fico extremamente cansado. Não é qualquer um que aguenta este serviço não. Muitos não ficaram nem uma semana. Cova rasa mesmo, principalmente na parte de indigentes. Trabalho aqui há mais de dez anos. Antigamente eu só enterrava velho. Agora, a maioria é adolescente 15 , 16 anos. Poderiam ser meu filho. Uma lástima."
" Ninguém sabe o que é ter um filho que se droga. Ele me bate, exige dinheiro do meu marido. Mês passado gastou mais de 10 mil com cocaína. Passei a lhe dar dinheiro para que ele parasse de roubar em casa. Não sei se agi errado por não tê-lo jogado na rua desde o início. É que sempre achei possível colocá-lo no caminho certo - desde que descobrimos um pacotinho de maconha escondido quando ele tinha 17 anos. Hoje eu o deixo se drogar em casa, aqui em Copacabana, para que não faça nenhuma besteira na rua. Mas às vezes parece que tenho um louco aqui dentro. Já chamei a polícia para levá-lo, mas eles dizem que ele precisa é de tratamento."
" Desde que o meu filho começou a usar crack tudo piorou. Começou a roubar turistas em Copacabana, celulares na Av. Rio Branco, às vezes rouba mil reais por dia, tudo para a droga. Já chegou a ficar dois meses fora de casa. Já perdia a conta de quantas passagens ele tem por delegacias, antes dos quinze anos já carregava dois assassinatos nas costas. Não sei como ainda está vivo. Na última fuga da cadeia, deram dois tiros no meu filhinho e ele quase passou desta para melhor. E ele só tem 19 aninhos. A minha última loucura foi fazer um cartaz com o nome dele e uma foto e para procurá-lo na central do brasil, quando fica muito tempo sem dar notícias."
" Numa batida de rotina vi um Escort parado, com três jovens dentro. De longe, mas de binóculo, percebi que iam se drogar. Esperei um pouco para dar um flagrante. Não deu outra: quando eles começaram, eu saí com meu carro fazendo poeira 'polícia'!, gritei, abrindo a porta do carro deles. O rapaz ao volante estava com uma seringa na mão pronto para o pico.'Fica parado aí ', eu disse. O carinha um tipo bem apresentável, de uns 22 anos tremia todo. Me implorou para que eu o deixasse injetar aquela merda: ' Eu vou morrer, por favor, uma vez só!' Parecia um cachorro esfomeado diante de um prato de carne e sem poder comer. Acho que se eu não o deixasse se injetar ele morria ali mesmo. Depois vim a saber que era filho de um empresário forte, muito forte. Para você ver que a droga não respeita idade, sexo ou classe social. O cara pegou a seringa, arregaçou a manga e mandou ver. Na primeira ele errou a veia, esguichou sangue. Mas, na segunda, foi na mosca. Aí ele deu aquela acalmada e me agradeceu mil vezes. Já estava na fase em que não dá para ficar mais de duas horas sem a droga. A última notícia que tive dele foi a de que estava no hospital - tinha sofrido uma parada cardíaca."
" O rapaz veio acompanhado da mãe. Quase não falava, demorava para responder, às vezes parecia não estar ali. Duas semanas antes, estivera internado num hospital com duas paradas cardíacas depois de injetar cocaína 20 horas seguidas. Era um milagre estar vivo. A mãe me disse que, naquele dia, ele havia gasto todo o seu salário comprando 15 gramas de pó. Reparei que o braço direito dele estava estava todo perfurado, cheio de manchas rochas e com caroços enormes, que pareciam berne de gado. O esquerdo estava na mesma situação, só que com um grande corte feito a gilete, infeccionado. Era evidente que as veia já estavam esclerosadas. Tinha começado a injetar cocaína aos 16 anos e estava com 25, mas não sei se chegará aos 30"
" O movimento maior é por volta das 18 horas na saída do trabalho. Quando o trem pára, dezenas de pessoas descem direto na boca de fumo do jacaré. Nessa hora que a droga mostra a sua verdadeira face, estudadantes, donas de casa, idosos, mulheres grávidas, a maioria se droga aqui mesmo, para não se pego em flagrante pela polícia. Os traficantes gritam, como numa feira livre, preços variados, são mais de cinco bocas de fumo na favela, têm dias que não dá conta de tanto viciado."
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Pra frente é que se anda.
Sempre houve a crença generalizada de que o progresso e a ciência seriam capazes de fornecer aos seres humanos uma vida feliz e realizada com o decorrer dos anos. Como se um simples mudar de folhinha fosse a garantia de que a nossa vida seria melhor do que nossos avós.
O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda dizia que a ciência e verdadeira religião jamais devem se contradizer.Enfatizava a importância de que o progresso deve ser acompanhado de valores éticos para que as pessoas tivessem consciência da importância de cada indivíduo na realização de progressos genuinamente humanos para toda a humanidade. Acreditava no progresso do ser humano, mas era contra a idéia de que a felicidade do ser humano cresce conforme a ciência avança. Acreditava principalmente que deve se possuir uma religião cuja filosofia de vida possa conduzir corretamente a ciência e civilização. Do contrário todo o progresso seria inútil. Utilizava como exemplo, o desenvolvimento de armas nucleares que não tinha nenhum benefício para a sociedade.
A própria história nos mostra tudo isto. Ninguém imaginava que após a carnificina da I Guerra, todos haveríamos de enfrentar um terror ainda pior, que foi a II. Infelizmente em pleno séc. XXI continuamos a repetir os mesmos erros. A natureza já está cobrando a conta: Furacão Katrina, Tsunami, entre outros.
Aqui no Brasil, não é diferente. Foi divulgado nesta sexta-feira novos dados sobre a saúde dos brasileiros.41% morrem antes de completar 60 anos. Na maioria doenças evitáveis, ligadas ao fumo, obesidade e sedentarismo.
O mais triste é que os dados estão piorando. Negros e pobres estão entre as maiores. E cada faixa etária tem a sua peculiaridade. Jovens pobres até trinta anos morrem assassinados ou de acidente de moto. 80% das vítimas são homens. A aids atinge 40% dos homossexuais. Se conseguem passar desta faixa etária, logo os esperam diabetes, derrames ou problemas cardíacos, em decorrência de fumo, má alimentação ou bebida excessiva.
Os que passam dos sessenta, logo encontrarão a previdência social, maus tratos em ônibus, remédios caros, carga tributária excessiva. E serão poucos. Nesta idade a prevalecerão as mulheres que, triste sina, perceberão, algumas um pouco tarde, a causa de estar faltando homem no mercado.
No fundo estes dados são importantes não como um relatório pessimista, mas para mostrar-nos que ainda há muito trabalho a ser feito.
P.S.: Mais sobre Jossei Toda no dvd Revolução Humana volume 9 - O Juramento Suiko -, editado pela BSGI.
O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda dizia que a ciência e verdadeira religião jamais devem se contradizer.Enfatizava a importância de que o progresso deve ser acompanhado de valores éticos para que as pessoas tivessem consciência da importância de cada indivíduo na realização de progressos genuinamente humanos para toda a humanidade. Acreditava no progresso do ser humano, mas era contra a idéia de que a felicidade do ser humano cresce conforme a ciência avança. Acreditava principalmente que deve se possuir uma religião cuja filosofia de vida possa conduzir corretamente a ciência e civilização. Do contrário todo o progresso seria inútil. Utilizava como exemplo, o desenvolvimento de armas nucleares que não tinha nenhum benefício para a sociedade.
A própria história nos mostra tudo isto. Ninguém imaginava que após a carnificina da I Guerra, todos haveríamos de enfrentar um terror ainda pior, que foi a II. Infelizmente em pleno séc. XXI continuamos a repetir os mesmos erros. A natureza já está cobrando a conta: Furacão Katrina, Tsunami, entre outros.
Aqui no Brasil, não é diferente. Foi divulgado nesta sexta-feira novos dados sobre a saúde dos brasileiros.41% morrem antes de completar 60 anos. Na maioria doenças evitáveis, ligadas ao fumo, obesidade e sedentarismo.
O mais triste é que os dados estão piorando. Negros e pobres estão entre as maiores. E cada faixa etária tem a sua peculiaridade. Jovens pobres até trinta anos morrem assassinados ou de acidente de moto. 80% das vítimas são homens. A aids atinge 40% dos homossexuais. Se conseguem passar desta faixa etária, logo os esperam diabetes, derrames ou problemas cardíacos, em decorrência de fumo, má alimentação ou bebida excessiva.
Os que passam dos sessenta, logo encontrarão a previdência social, maus tratos em ônibus, remédios caros, carga tributária excessiva. E serão poucos. Nesta idade a prevalecerão as mulheres que, triste sina, perceberão, algumas um pouco tarde, a causa de estar faltando homem no mercado.
No fundo estes dados são importantes não como um relatório pessimista, mas para mostrar-nos que ainda há muito trabalho a ser feito.
P.S.: Mais sobre Jossei Toda no dvd Revolução Humana volume 9 - O Juramento Suiko -, editado pela BSGI.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Barack Obama, from Chicago

O meu sonho começou em Iowa. Eu já tinha ouvido falar dele na convenção do Kerry em 2004.Mas nunca imaginei que ele pudesse ir tão longe. Para a minha surpresa, em Janeiro, ele venceu a primeira prévia, em Iowa. A manchete do Globo não deixava dúvidas: " Alvorada democrata - Obama leva três vezes mais eleitores às urnas." Ali começou o meu sonho.
Realmente, não foi fácil. Ele teria que enfrentar uma candidata fortíssima, Hillary Clinton, uma lenda. E eu nem sabia que até aquele momento, Obama era um azarão. E então a cada nova prévia, mais uma luta, emoções. Um dos maiores desafios foi a superterça, onde Hillary Clinton levou as maiores cidades. Uma advesária dura.
Minhas esperanças aumentarm quando ele ganhou dez prévias consecutivas. Mas Mrs. Clinton não se daria por vencida tão facilmente, levou a luta até o último minuto. Mas nada na vida de um negro vem fácil. E então viria a apoteose na convenção em clima de coliseu romano. E então eu pensei: agora é a hora.
Um sonho que começou com Abraham Lincoln, assassinado por reunificar o país acabando com a escravidão. Kennedy também morreu pelo mesmo motivo, asssim com Lindon Johnson não foi perdoado por ter votado a lei dos direitos civis.
Martin Luther King tinha um sonho, mas também tinha uma certeza: " talvez eu não chegue à terra prometida com vocês." O mesmo destino teve Malcom X, sonho trágico. As lutas continuaram nos anos seguintes, cotas afirmativas, postos no cinema, Black is beautiful. Também tivemos reveses, Michael Jackson virando branco, O.J. Simpson fazendo vergonha.Rodney King, revolta, incêndios, Los Angeles, 37 mortes.
O Obama sabe de tudo isto. E percebeu que as divisões só servem para afastar ainda mais o ser humano. A ciência já provou que o conceito de raça não existe. Por isso a sua plataforma pós racial.
5 de Novembro acabou de entrar para a história.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Um presente.
Meus leitores estão pedindo menos poesias e mais histórias. Tudo bem não vamos brigar.
Aí vai.
Chegou aqui em casa sobressaltada.
- Rô, olha o que eu ganhei, não é lindo.
Confesso que fiquei impressionado, era um lindo colar. Desses para ser admirado, guardado a sete chaves, não consigo imaginar lugar para usá-lo na violência do Rio de Janeiro.
- Aniversário de casamento?- perguntei.
- Não.
- Está ficando mais velha, talvez?
- Claro que não.
- Deixa eu ver então. Suponho que tenha sido o seu marido que te deu esta beleza?
- Isso mesmo.
- Assim, sem mais nem menos?
- Por que, tem algum problema?
- Chèrie, todos os problemas. Você consegue imaginar seu doce maridinho, saindo depois de um dia exaustivo de trabalho, em pleno meio de semana, enfrentando o trânsito, fila no estacionamento, fazendo uma coisa que um homem adora que é saracotear pelo shopping, para escolher uma jóia cara desta para dar para a linda mulherzinha dele, sem nenhum motivo?
- Eu não mereço?
- Claro que merece, meu amor. Vem cá, deixa eu te explicar uma coisa. Uma atriz, cujo nome minha memória me falha, disse uma frase emblemática sobre este tipo de comportamento." Quando um homem dá um presente sem motivo, há um motivo."
- Você está insinuando que...
- Eu não estou insinuando nada eu estou afirmando. Tem outra na jogada.
- Rô, você vai me desculpar, mas você está completamente equivocado. Ele não está me traindo, nem tem perfil para isto. Não chega atrasado em casa, é amoroso.
- E o que chegar atrasado tem a ver com isto? O horário de maior movimento nos motéis é na hora do almoço. Preste atenção nas sutilezas, eu já te disse.
- Estou começando a ficar preocupada.
- Relaxa, ele não está apaixonado por ela.
- Como assim?
- Deixa eu explicar para você. O problema de vocês mulheres é que tentam relacionar os homens de acordo com o próprio comportamento. Nunca vai dar certo. As mulheres estão sempre com algum complexo de culpa. Eles não. A mulher casada quando se apaixona, pensa nos filhos, em como o marido vai ficar depois da separação, no que os outros vão dizer, muitas vezes até desiste de viver o seu grande amor, pensado que não vai dar certo. Se ele estivesse realmente apaixonado pela outra, não pensaria duas vezes em te largar, sejam quais fossem as consequências.
- E o presente?
- Justamente por isso, esta é a parte triste para você. O que ele tem é uma amante, uma mulher em tese melhor na cama do que você. Esta é uma das poucas culpas que o homem se permite. Talvez por uma falta de diálogo entre vocês, ele não tenha coragem de expressar suas verdadeira preferências na cama. Prefere fazer com uma desconhecida. Preserva a mãe de família.Ele te deu esta jóia como uma demontração de amor e culpa por não ter coragem de profaná-la.
- Mas eu não quero dividi-lo com outra.
- Nem deve. Eu vou te ajudar. Comece dizendo para ele que sabe de tudo. Ele vai negar, obviamente, como fazem os melhores advogados. Mas ficará com a pulga atrás da orelha.
Segundo, na maioria das vezes os homens procuram na rua o que não tem em casa. Reveja os seus valores, se é que eu me fiz entender. Muitas mulheres se fazem de virgem maria e se esquecem que não se casaram com um padre, muito menos com Jesus Cristo. E depois, conversem mais sobre o relacionamento. A maioria dos casamentos sofrem por falta de diálogo. E além do mais, amantes dão muito trabalho. Só querem presentes caros, reclamam de falta de atenção e, no final, começam a fazer chantagem. Como vê, tens a casa e o queijo na mão.
- Por que que vocês homens são assim, hein?
- E não me bota neste balaio não. Mas realmente é difícil encontrar um homem fiel. Em 1987, numa entrevista antológica à Playboy, Marília Pêra contou um episódio interessante. Ela foi casada muitos anos com o Nelson Motta e tiveram um divórcio amigável, coisa rara. Ela então estava saindo com um bonitão, mas andava desconfiada que ele estava sendo infiel. Sem perder tempo, ligou para o agora amigo número um Nelson pedindo ajuda:
- Nelson, preciso de você.
- Fala.
- Acho que estou sendo traída.
- Como é que ele é ?
- Como assim?
- Ele te leva pra sair, jantar fora?
- Claro, ele é um gentleman.
- Queijos e vinhos, jantar romântico?
- Sim.
- Abre a porta do carro, manda flores?
- Desse jeito mesmo, um amor.
- Então fica com ele, que é o máximo que você que você vai conseguir de um homem.
Aí vai.
Chegou aqui em casa sobressaltada.
- Rô, olha o que eu ganhei, não é lindo.
Confesso que fiquei impressionado, era um lindo colar. Desses para ser admirado, guardado a sete chaves, não consigo imaginar lugar para usá-lo na violência do Rio de Janeiro.
- Aniversário de casamento?- perguntei.
- Não.
- Está ficando mais velha, talvez?
- Claro que não.
- Deixa eu ver então. Suponho que tenha sido o seu marido que te deu esta beleza?
- Isso mesmo.
- Assim, sem mais nem menos?
- Por que, tem algum problema?
- Chèrie, todos os problemas. Você consegue imaginar seu doce maridinho, saindo depois de um dia exaustivo de trabalho, em pleno meio de semana, enfrentando o trânsito, fila no estacionamento, fazendo uma coisa que um homem adora que é saracotear pelo shopping, para escolher uma jóia cara desta para dar para a linda mulherzinha dele, sem nenhum motivo?
- Eu não mereço?
- Claro que merece, meu amor. Vem cá, deixa eu te explicar uma coisa. Uma atriz, cujo nome minha memória me falha, disse uma frase emblemática sobre este tipo de comportamento." Quando um homem dá um presente sem motivo, há um motivo."
- Você está insinuando que...
- Eu não estou insinuando nada eu estou afirmando. Tem outra na jogada.
- Rô, você vai me desculpar, mas você está completamente equivocado. Ele não está me traindo, nem tem perfil para isto. Não chega atrasado em casa, é amoroso.
- E o que chegar atrasado tem a ver com isto? O horário de maior movimento nos motéis é na hora do almoço. Preste atenção nas sutilezas, eu já te disse.
- Estou começando a ficar preocupada.
- Relaxa, ele não está apaixonado por ela.
- Como assim?
- Deixa eu explicar para você. O problema de vocês mulheres é que tentam relacionar os homens de acordo com o próprio comportamento. Nunca vai dar certo. As mulheres estão sempre com algum complexo de culpa. Eles não. A mulher casada quando se apaixona, pensa nos filhos, em como o marido vai ficar depois da separação, no que os outros vão dizer, muitas vezes até desiste de viver o seu grande amor, pensado que não vai dar certo. Se ele estivesse realmente apaixonado pela outra, não pensaria duas vezes em te largar, sejam quais fossem as consequências.
- E o presente?
- Justamente por isso, esta é a parte triste para você. O que ele tem é uma amante, uma mulher em tese melhor na cama do que você. Esta é uma das poucas culpas que o homem se permite. Talvez por uma falta de diálogo entre vocês, ele não tenha coragem de expressar suas verdadeira preferências na cama. Prefere fazer com uma desconhecida. Preserva a mãe de família.Ele te deu esta jóia como uma demontração de amor e culpa por não ter coragem de profaná-la.
- Mas eu não quero dividi-lo com outra.
- Nem deve. Eu vou te ajudar. Comece dizendo para ele que sabe de tudo. Ele vai negar, obviamente, como fazem os melhores advogados. Mas ficará com a pulga atrás da orelha.
Segundo, na maioria das vezes os homens procuram na rua o que não tem em casa. Reveja os seus valores, se é que eu me fiz entender. Muitas mulheres se fazem de virgem maria e se esquecem que não se casaram com um padre, muito menos com Jesus Cristo. E depois, conversem mais sobre o relacionamento. A maioria dos casamentos sofrem por falta de diálogo. E além do mais, amantes dão muito trabalho. Só querem presentes caros, reclamam de falta de atenção e, no final, começam a fazer chantagem. Como vê, tens a casa e o queijo na mão.
- Por que que vocês homens são assim, hein?
- E não me bota neste balaio não. Mas realmente é difícil encontrar um homem fiel. Em 1987, numa entrevista antológica à Playboy, Marília Pêra contou um episódio interessante. Ela foi casada muitos anos com o Nelson Motta e tiveram um divórcio amigável, coisa rara. Ela então estava saindo com um bonitão, mas andava desconfiada que ele estava sendo infiel. Sem perder tempo, ligou para o agora amigo número um Nelson pedindo ajuda:
- Nelson, preciso de você.
- Fala.
- Acho que estou sendo traída.
- Como é que ele é ?
- Como assim?
- Ele te leva pra sair, jantar fora?
- Claro, ele é um gentleman.
- Queijos e vinhos, jantar romântico?
- Sim.
- Abre a porta do carro, manda flores?
- Desse jeito mesmo, um amor.
- Então fica com ele, que é o máximo que você que você vai conseguir de um homem.
domingo, 2 de novembro de 2008
Uma lágrima por nós dois
O telefone tocou e me apressei
Pensando que era você.
Tudo porque brigamos ontem
e eu disse que nunca mais
queria te ver.
E agora o meu orgulho bobo
não me deixa te procurar
E então eu acho que agora
eu fui longe demais
Abro o e-mail e vejo as
mensagens, você tão distante
E nas suas músicas eu vejo
Jennifer Hudson
Está ouvindo Spotlight
Então eu fico pensando
Se não tem alguma mensagem
escondida
Algum código que eu não estou
entendendo
Será que eu fui longe demais ?
Não posso nem pensar
Será que não vou mais te ver ?
Então por favor, me responda
Acho que agora conseguirei
te entender e
te proteger.
E te entender e
te proteger
Hoje e sempre
Pensando que era você.
Tudo porque brigamos ontem
e eu disse que nunca mais
queria te ver.
E agora o meu orgulho bobo
não me deixa te procurar
E então eu acho que agora
eu fui longe demais
Abro o e-mail e vejo as
mensagens, você tão distante
E nas suas músicas eu vejo
Jennifer Hudson
Está ouvindo Spotlight
Então eu fico pensando
Se não tem alguma mensagem
escondida
Algum código que eu não estou
entendendo
Será que eu fui longe demais ?
Não posso nem pensar
Será que não vou mais te ver ?
Então por favor, me responda
Acho que agora conseguirei
te entender e
te proteger.
E te entender e
te proteger
Hoje e sempre
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Um dia ela também foi jovem
Todos nós matamos Eloá. Não de repente, como Limdenberg e seu nome aportuguesado. O pior de tudo é que matamos aos poucos. Não são poucos os exemplos de atitudes machistas que contribuem para este clima belicoso em que as maiores vítimas são as mulheres.
Não faz muito tempo foi a Sirlei na Barra, agredida porque foi confundida com uma prostituta. Não muito tempo depois, Isabella Nardonni. E as piadas machistas prosperam. Ninguém fala da feiúra de José Serra. Mas o Casseta e Planeta, não perde uma oportunidade de ridicularizar os atributos físicos de Dilma Roussef. Se o filho diz que vai dormir fora de casa, sem problema; a filha não, não pode. E se tentar argumentar, " mas ele é HOMEM".
Durante as entrevistas aos amigos de Eloá, as respostas eram reveladoras: " ela era uma menina muito bonita", "ela era muito linda", " todo mundo achava ela bonita", como se a tragédia fosse menos tragédia, se ela fosse feia.
Quem nunca ouviu, ou falou as famosas frases: " eles formam um casal tão bonito", " ela é muito bonita para ele", " que pena ela era tão bonita".
Talvez as mulheres não saibam, mas a beleza exerce uma neurose absurda em determinados homens. Funciona mais ou menos assim. Se o relacionamento termina e ela é "feia", o trauma não é tão trauma. Mas quando ela é "muito bonita", muitos homens acabam não se conformando com a perda. Muitos "superam" buscando outra mulher " tão ou mais bonita" que a anterior, procurando exibi-la como se fosse um troféu. Lindemberg, como se sabe não agiu desta forma.
É frequente em nosso círculo social os casamentos de homens com mulheres vinte, trinta anos mais jovens, na maioria das vezes "bonitas". Os homens têm essa necessidade neurótica demonstrar poder com suas "posses", a mulher, o melhor carro, a melhor casa.
Impossível não citar Joseph Conrad: " Ser mulher é um negócio dificílimo, já que consiste basicamente em lidar com homens". E o pior é que a geografia só muda os traumas: em alguns países da África o absurdo da mutilação genital, no oriente médio; mutilação de adúlteras, no Japão, o preconceito sem sutilezas.
Já a mulher ocidental sente-se confortada? Eu penso que enganada. Libertou-se do famigerado "do lar" apenas ilusioriamente. Antigamente ela já trabalhava muito, às voltas com cuidados da casa e filhos. E hoje? Em muitos casos piorou; na maioria das vezes dupla jornada.
Sim, pois ao chegar em casa o maridão vai para a frente da televisão e fica esperando feito um pajé. Reuniões do colégio, quem vai? E levar o filho no médico? Vencimento de contas?
Não existe tragédia maior para certas mulheres do que a chegada da meia-idade. Muitas já foram abandonadas pelos maridos, os filhos crescidos, ou viúvas, segundo o IBGE a maioria jamais se casará novamente. E é o que muitas preferem, guardam nas lembranças os péssimos anos de convivência com o passado: alcoolismo, agressões, indiferenças, falta de carinhos e orgasmos.
Engraçado eu me lembrar de Camille Paglia: O lesbianismo está crescendo, já que estes homens machistas egoístas de hoje, não têm muito o que oferecer." A grande maioria só descobre a liberdade na menopausa, sozinhas. Não tem que dar satisfação a ninguém, dormem tranquilas, e sim, ainda querem namorar.
Mas só se for igual a Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir: cada um na sua casa. Um dia desses eu estava ouvindo um comentário preconceituoso numa roda de amigos sobre uma mulher já nos seus quarenta anos." Quem gosta de mulher velha é cadeira de balanço" Eu não sei de onde apareceu o rapaz, com seu comentário perspicaz: " Meu amigo. Ficarás um dia velho? Contarás tuas experiências para os seus netos, visitarás com eles o pôr do sol? Saibas tu que uma das melhores coisas da vida é a longevidade: dádiva para poucos. Pesquise a história; saberás que não foram muitos que tiveram este privilégio, muitos por ela buscaram. Quanto a mulher a qual se referes, UM DIA ELA TAMBÉM FOI JOVEM. Causou furor, amou, foi amada, sorriu, sofreu. Mas não morreu ainda. Com sorte viverá mais os seus cinquenta anos. E você? Nada sabes a respeito da vida. Seja sábio e nunca perderá a juventude."
Vivendo e aprendendo.
Não faz muito tempo foi a Sirlei na Barra, agredida porque foi confundida com uma prostituta. Não muito tempo depois, Isabella Nardonni. E as piadas machistas prosperam. Ninguém fala da feiúra de José Serra. Mas o Casseta e Planeta, não perde uma oportunidade de ridicularizar os atributos físicos de Dilma Roussef. Se o filho diz que vai dormir fora de casa, sem problema; a filha não, não pode. E se tentar argumentar, " mas ele é HOMEM".
Durante as entrevistas aos amigos de Eloá, as respostas eram reveladoras: " ela era uma menina muito bonita", "ela era muito linda", " todo mundo achava ela bonita", como se a tragédia fosse menos tragédia, se ela fosse feia.
Quem nunca ouviu, ou falou as famosas frases: " eles formam um casal tão bonito", " ela é muito bonita para ele", " que pena ela era tão bonita".
Talvez as mulheres não saibam, mas a beleza exerce uma neurose absurda em determinados homens. Funciona mais ou menos assim. Se o relacionamento termina e ela é "feia", o trauma não é tão trauma. Mas quando ela é "muito bonita", muitos homens acabam não se conformando com a perda. Muitos "superam" buscando outra mulher " tão ou mais bonita" que a anterior, procurando exibi-la como se fosse um troféu. Lindemberg, como se sabe não agiu desta forma.
É frequente em nosso círculo social os casamentos de homens com mulheres vinte, trinta anos mais jovens, na maioria das vezes "bonitas". Os homens têm essa necessidade neurótica demonstrar poder com suas "posses", a mulher, o melhor carro, a melhor casa.
Impossível não citar Joseph Conrad: " Ser mulher é um negócio dificílimo, já que consiste basicamente em lidar com homens". E o pior é que a geografia só muda os traumas: em alguns países da África o absurdo da mutilação genital, no oriente médio; mutilação de adúlteras, no Japão, o preconceito sem sutilezas.
Já a mulher ocidental sente-se confortada? Eu penso que enganada. Libertou-se do famigerado "do lar" apenas ilusioriamente. Antigamente ela já trabalhava muito, às voltas com cuidados da casa e filhos. E hoje? Em muitos casos piorou; na maioria das vezes dupla jornada.
Sim, pois ao chegar em casa o maridão vai para a frente da televisão e fica esperando feito um pajé. Reuniões do colégio, quem vai? E levar o filho no médico? Vencimento de contas?
Não existe tragédia maior para certas mulheres do que a chegada da meia-idade. Muitas já foram abandonadas pelos maridos, os filhos crescidos, ou viúvas, segundo o IBGE a maioria jamais se casará novamente. E é o que muitas preferem, guardam nas lembranças os péssimos anos de convivência com o passado: alcoolismo, agressões, indiferenças, falta de carinhos e orgasmos.
Engraçado eu me lembrar de Camille Paglia: O lesbianismo está crescendo, já que estes homens machistas egoístas de hoje, não têm muito o que oferecer." A grande maioria só descobre a liberdade na menopausa, sozinhas. Não tem que dar satisfação a ninguém, dormem tranquilas, e sim, ainda querem namorar.
Mas só se for igual a Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir: cada um na sua casa. Um dia desses eu estava ouvindo um comentário preconceituoso numa roda de amigos sobre uma mulher já nos seus quarenta anos." Quem gosta de mulher velha é cadeira de balanço" Eu não sei de onde apareceu o rapaz, com seu comentário perspicaz: " Meu amigo. Ficarás um dia velho? Contarás tuas experiências para os seus netos, visitarás com eles o pôr do sol? Saibas tu que uma das melhores coisas da vida é a longevidade: dádiva para poucos. Pesquise a história; saberás que não foram muitos que tiveram este privilégio, muitos por ela buscaram. Quanto a mulher a qual se referes, UM DIA ELA TAMBÉM FOI JOVEM. Causou furor, amou, foi amada, sorriu, sofreu. Mas não morreu ainda. Com sorte viverá mais os seus cinquenta anos. E você? Nada sabes a respeito da vida. Seja sábio e nunca perderá a juventude."
Vivendo e aprendendo.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A felicidade não se compra.
Este é o título de um maravilhoso filme de Frank Capra. Tomarei emprestado e em outra
oportunidade, falarei desta obra prima.
A televisão acabou de noticiar a morte do empresário Artur Sendas. Para poupar os meus leitores de gastarem seus níqueis com os jornais de amanhã, anunciarei as possíveis manchetes:
Empresário Artur Sendas, dono da rede de supermercados Casas Sendas, descendente de portugueses, grande benemérito que começou com um armazém, pai de família honrado, católico, vascaíno, filantropo, grande incentivador da economia fluminense, foi assassinado na madrugada de segunda-feira por um de seus motoristas. A polícia acredita que o motivo seja financeiro.
Algumas pessoas acreditam em sorte, destino, compra de juízes, no Brasil nada funciona, só se dá bem quem tem dinheiro, " tô pagano", um dia ganho na loteria e vou ser feliz de verdade, o dinheiro é tudo. Ou como diria Maquiavel: "os fins justificam os meios".
Estas pessoas deveriam pesquisar a história dos Kennedys, Onassiss, Principado de Mônaco, Antônio Carlos Magalhães, Pc Farias, Roseana Sarney, família Collor de Mello, enfim o Google está aí para os preguiçosos. E então vão descobrir, que se o dinheiro não foi o motivo principal, foi fator preponderante para muitas tragédias familiares.
Obviamente não estou querendo minimizar a importãncia monetária na vida do ser humano, mas também não que seja o mais importante.
Bom voltando a Artur Sendas, a despeito de toda a sua trajetória profissional, não poderia escapar de uma famosa frase de Balzac: por trás de toda fortuna, há um crime.
E já que a imprensa oficial, colocará debaixo do tapete, eu revelo para os meus leitores.
Hoje é moda nas grandes corporações a terceirização de serviços; contenção de custos e menos dor de cabeça. Mas houve um tempo em que funcionários da limpeza, seguranças e caixas de supermercados eram funcionários como todos os outros. Devemos lembrar que o código de defesa do consumidor só tem 18 anos. Se hoje já é difícil buscar nossos direitos em procons e pequenas causas da vida, imagine na louca década de 80, inflação galopante, produtos de qualidade duvidosa.
Pois foi nessa época e também antes, que empresários como o senhor Artur Sendas e muitos outros faziam o que queriam com os consumidores que não tinham para onde correr.Mas estes não eram os maiores prejudicados. A Sendas, juntamente com a não menos saudosa Telerj, era uma das campeãs de processos no tribunal de justiça do Rio de Janeiro.
Conheci várias pessoas que trabalharam lá como açougueiro, padeiro, estoquista, repositor, que foram mandados embora porque ficaram doentes, grávidas, foram levar o filho no médico.
A estas pessoas eles tinham a famosa frase, de praxe:
" Vá procurar os seus direitos"
É óbvio que a grande maioria não ia buscar, muitos semi-analfabetos, negros, nordestinos, iletrados. E olhe que até 1987 não existia seguro-desemprego. Houveram casos de suicídio, mães que viraram prostitutas, crianças que enveredaram pelo caminho das drogas.
Ainda existe a cultura predominante no Brasil, principalmente entre os ricos, de que se eu tenho dinheiro, eu posso tudo. A justiça não funciona. Pode até ser.
Mas existe outra justiça. A justiça do universo, implacável, idônea, indiferente ao tamanho da conta bancária. Ou como diria a sabedoria popular,caixão não tem gaveta.
Já dizia o poeta, o que você faz em vida, ecoa pela eternidade.
Artur Sendas começou a pagar pelos seus pecados em 2003. No dia 29 de Janeiro, o telefone de sua casa tocou de madrugada. Todos nós sabemos que telefone tocando de madrugada só tem dois motivos: algum amigo bêbado que perdeu a chave de casa; más notícias.
A concessionária Ponte S.A. ligou para avisar que o carro do seu filho Jõao Antõnio Sendas fora encontrado junto ao vão central, vazio. O corpo fora encontrado cinco horas depois na baía de Guanabara. É engraçado que até hoje muita gente não saiba disso. É claro que não sabe. A Sendas, grande anunciante de rádio e tv, contou com a colaboração dos veículos de comunicação cariocas para abafar o caso, os que publicaram, apenas notas de rodapé, discretas.
Mas quem quiser conferir, é só olhar a edição da Veja de 5 de fevereiro de 2003, seção Datas.
Acontecimento que nos leva a uma reflexão: o que leva um rapaz novo, 40 anos, casado e com filhos, herdeiro de uma fortuna de bilhões de reais a se suicidar.
Dizem que ele tinha problemas de depressão, mas quem mais sofreu foi o pai; era um dos filhos que ele mais gostava. Será que neste momento ele pensou que muitos dos seus trabalhadores, mandados embora por justa causa, sem motivo, também tinham filhos? Que muitos também tenham se suicidado?
Não quero prolongar-me mais neste assunto: é por demais pra mim penoso.Só sei que não estou surpreso com o fim do empresário Artur Sendas.
oportunidade, falarei desta obra prima.
A televisão acabou de noticiar a morte do empresário Artur Sendas. Para poupar os meus leitores de gastarem seus níqueis com os jornais de amanhã, anunciarei as possíveis manchetes:
Empresário Artur Sendas, dono da rede de supermercados Casas Sendas, descendente de portugueses, grande benemérito que começou com um armazém, pai de família honrado, católico, vascaíno, filantropo, grande incentivador da economia fluminense, foi assassinado na madrugada de segunda-feira por um de seus motoristas. A polícia acredita que o motivo seja financeiro.
Algumas pessoas acreditam em sorte, destino, compra de juízes, no Brasil nada funciona, só se dá bem quem tem dinheiro, " tô pagano", um dia ganho na loteria e vou ser feliz de verdade, o dinheiro é tudo. Ou como diria Maquiavel: "os fins justificam os meios".
Estas pessoas deveriam pesquisar a história dos Kennedys, Onassiss, Principado de Mônaco, Antônio Carlos Magalhães, Pc Farias, Roseana Sarney, família Collor de Mello, enfim o Google está aí para os preguiçosos. E então vão descobrir, que se o dinheiro não foi o motivo principal, foi fator preponderante para muitas tragédias familiares.
Obviamente não estou querendo minimizar a importãncia monetária na vida do ser humano, mas também não que seja o mais importante.
Bom voltando a Artur Sendas, a despeito de toda a sua trajetória profissional, não poderia escapar de uma famosa frase de Balzac: por trás de toda fortuna, há um crime.
E já que a imprensa oficial, colocará debaixo do tapete, eu revelo para os meus leitores.
Hoje é moda nas grandes corporações a terceirização de serviços; contenção de custos e menos dor de cabeça. Mas houve um tempo em que funcionários da limpeza, seguranças e caixas de supermercados eram funcionários como todos os outros. Devemos lembrar que o código de defesa do consumidor só tem 18 anos. Se hoje já é difícil buscar nossos direitos em procons e pequenas causas da vida, imagine na louca década de 80, inflação galopante, produtos de qualidade duvidosa.
Pois foi nessa época e também antes, que empresários como o senhor Artur Sendas e muitos outros faziam o que queriam com os consumidores que não tinham para onde correr.Mas estes não eram os maiores prejudicados. A Sendas, juntamente com a não menos saudosa Telerj, era uma das campeãs de processos no tribunal de justiça do Rio de Janeiro.
Conheci várias pessoas que trabalharam lá como açougueiro, padeiro, estoquista, repositor, que foram mandados embora porque ficaram doentes, grávidas, foram levar o filho no médico.
A estas pessoas eles tinham a famosa frase, de praxe:
" Vá procurar os seus direitos"
É óbvio que a grande maioria não ia buscar, muitos semi-analfabetos, negros, nordestinos, iletrados. E olhe que até 1987 não existia seguro-desemprego. Houveram casos de suicídio, mães que viraram prostitutas, crianças que enveredaram pelo caminho das drogas.
Ainda existe a cultura predominante no Brasil, principalmente entre os ricos, de que se eu tenho dinheiro, eu posso tudo. A justiça não funciona. Pode até ser.
Mas existe outra justiça. A justiça do universo, implacável, idônea, indiferente ao tamanho da conta bancária. Ou como diria a sabedoria popular,caixão não tem gaveta.
Já dizia o poeta, o que você faz em vida, ecoa pela eternidade.
Artur Sendas começou a pagar pelos seus pecados em 2003. No dia 29 de Janeiro, o telefone de sua casa tocou de madrugada. Todos nós sabemos que telefone tocando de madrugada só tem dois motivos: algum amigo bêbado que perdeu a chave de casa; más notícias.
A concessionária Ponte S.A. ligou para avisar que o carro do seu filho Jõao Antõnio Sendas fora encontrado junto ao vão central, vazio. O corpo fora encontrado cinco horas depois na baía de Guanabara. É engraçado que até hoje muita gente não saiba disso. É claro que não sabe. A Sendas, grande anunciante de rádio e tv, contou com a colaboração dos veículos de comunicação cariocas para abafar o caso, os que publicaram, apenas notas de rodapé, discretas.
Mas quem quiser conferir, é só olhar a edição da Veja de 5 de fevereiro de 2003, seção Datas.
Acontecimento que nos leva a uma reflexão: o que leva um rapaz novo, 40 anos, casado e com filhos, herdeiro de uma fortuna de bilhões de reais a se suicidar.
Dizem que ele tinha problemas de depressão, mas quem mais sofreu foi o pai; era um dos filhos que ele mais gostava. Será que neste momento ele pensou que muitos dos seus trabalhadores, mandados embora por justa causa, sem motivo, também tinham filhos? Que muitos também tenham se suicidado?
Não quero prolongar-me mais neste assunto: é por demais pra mim penoso.Só sei que não estou surpreso com o fim do empresário Artur Sendas.
domingo, 19 de outubro de 2008
Ônibus 174, Santo André
Naquele dia o Brasil parou. Repórteres, fotógrafos, populares, as pessoas em suas casas, pela tv. Em 12 de junho de 2000, Sandro do Nascimento, manteve por quatro horas os passageiros do ônibus 174 como reféns. Era final do expediente, e as pessoas saíam do trabalho e paravam na primeira esquina para acompanhar o drama, como numa final de copa do mundo.
Eu estudava à noite e assim que cheguei na escola, alguém descolou uma televisão e todos nós ficamos lá imóveis torcendo por um desfecho feliz, em especial para Geísa Firmo Gonçalves, a doce professorinha de uma pré-escola da Rocinha feita de escudo.
Místicamente, próximo à tv em que eu estava assistindo, alguém estava com o rádio ligado, indiferente a mais uma tragédia quotidiana. Era uma rádio de flashbacks. E sabem qual música estava tocando? Vida, interpretada por Fábio Jr. Para quem não conhece, eu vou postar um trecho da letra. É uma coincidência assombrosa.
"Pelas ruas da cidade, pessoas andam
num vai e vem
Não vêem o cair da tarde, vão nos seus passos
como reféns
De uma vida sem saída, vidas sem vida, mal ou bem
Pelos bancos desses parques, ninguém se toca
sem perceber
Que onde o sol se esconde, um horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia, a cada dia em cada ser."
Numa ação desastrada da polícia, a refém Geísa não teve um novo horizonte. Hoje ainda falam
do Sandro, principalmente agora que vai estrear o novo filme de Bruno Barreto. Mas de Geísa, todos esqueceram.
E quando todos nós pensávamos que esta tragédia tinha ficado no passado, eis que Santo André surge, ainda mais aterradora, com suas longas 100 horas de duração, agora na vida da pequena Eloá, com o mesmo fim trágico, os erros da polícia ainda mais grotescos. Nunca em toda a história da literatura policial eu ouvir falar de um refém que tenha voltado ao cativeiro para servir de mediador.
Não é coincidência o fato de o opressor ser um homem e a vítima, mulher.Precisamos repensar o nosso conceito de relacionamento em que o homem tem todas as prerrogativas, ganham mais, tem os maiores privilégios e chamam esposas e namoradas de minha mulher.
Se todo homem buscar na sua família, encontrará uma mulher vítima da brutalidade masculina.
À ti, Eloá, dedico minhas orações, assim como a todas as mulheres, vítimas de todos nós. À ti, à Sandra Gomide, à Angela Diniz, à Geísa, à Daniela Perez...
" Não é preciso uma verdade nova,
uma aventura
Pra encontrar nas luzes que se acendem
um brilho eterno
E dar as mãos e dar de si além,
do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde
Outro universo. "
Eu estudava à noite e assim que cheguei na escola, alguém descolou uma televisão e todos nós ficamos lá imóveis torcendo por um desfecho feliz, em especial para Geísa Firmo Gonçalves, a doce professorinha de uma pré-escola da Rocinha feita de escudo.
Místicamente, próximo à tv em que eu estava assistindo, alguém estava com o rádio ligado, indiferente a mais uma tragédia quotidiana. Era uma rádio de flashbacks. E sabem qual música estava tocando? Vida, interpretada por Fábio Jr. Para quem não conhece, eu vou postar um trecho da letra. É uma coincidência assombrosa.
"Pelas ruas da cidade, pessoas andam
num vai e vem
Não vêem o cair da tarde, vão nos seus passos
como reféns
De uma vida sem saída, vidas sem vida, mal ou bem
Pelos bancos desses parques, ninguém se toca
sem perceber
Que onde o sol se esconde, um horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia, a cada dia em cada ser."
Numa ação desastrada da polícia, a refém Geísa não teve um novo horizonte. Hoje ainda falam
do Sandro, principalmente agora que vai estrear o novo filme de Bruno Barreto. Mas de Geísa, todos esqueceram.
E quando todos nós pensávamos que esta tragédia tinha ficado no passado, eis que Santo André surge, ainda mais aterradora, com suas longas 100 horas de duração, agora na vida da pequena Eloá, com o mesmo fim trágico, os erros da polícia ainda mais grotescos. Nunca em toda a história da literatura policial eu ouvir falar de um refém que tenha voltado ao cativeiro para servir de mediador.
Não é coincidência o fato de o opressor ser um homem e a vítima, mulher.Precisamos repensar o nosso conceito de relacionamento em que o homem tem todas as prerrogativas, ganham mais, tem os maiores privilégios e chamam esposas e namoradas de minha mulher.
Se todo homem buscar na sua família, encontrará uma mulher vítima da brutalidade masculina.
À ti, Eloá, dedico minhas orações, assim como a todas as mulheres, vítimas de todos nós. À ti, à Sandra Gomide, à Angela Diniz, à Geísa, à Daniela Perez...
" Não é preciso uma verdade nova,
uma aventura
Pra encontrar nas luzes que se acendem
um brilho eterno
E dar as mãos e dar de si além,
do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde
Outro universo. "
Nunca amarei assim novamente
Hoje eu posso te contar
A felicidade que foi para mim
conhecer você
Talvez seja difícil pra você
entender.
Mas é que eu esperei por
este momento a vida inteira
Lembro que na infância
minha mãe dizia que tudo
era possível
E então eu fui estudando
e conseguindo alguns objetivos
Casa, faculdade, emprego estável.
Mas no amor, quantas decepções.
Chegando aos 30, eu já estava
perdendo as esperanças
Se você não aparecesse
as outras conquistas não
teriam a menor importância
Sim porque, meu amor, minha
vida renasceu quando eu te conheci
E agora, quando o sol invade o nosso quarto
Eu olho para você e quase não
consigo acreditar que é real
Mas agora eu possso te dizer sinceramente
que eu estou apaixonado e que tenho
certeza
Que nunca amarei assim novamente
nunca amarei assim novamente
e nunca amarei assim novamente
A felicidade que foi para mim
conhecer você
Talvez seja difícil pra você
entender.
Mas é que eu esperei por
este momento a vida inteira
Lembro que na infância
minha mãe dizia que tudo
era possível
E então eu fui estudando
e conseguindo alguns objetivos
Casa, faculdade, emprego estável.
Mas no amor, quantas decepções.
Chegando aos 30, eu já estava
perdendo as esperanças
Se você não aparecesse
as outras conquistas não
teriam a menor importância
Sim porque, meu amor, minha
vida renasceu quando eu te conheci
E agora, quando o sol invade o nosso quarto
Eu olho para você e quase não
consigo acreditar que é real
Mas agora eu possso te dizer sinceramente
que eu estou apaixonado e que tenho
certeza
Que nunca amarei assim novamente
nunca amarei assim novamente
e nunca amarei assim novamente
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Falando de Dick
Amores, paixões, lances, casos, affair, rolos, namoros... são tantas
as denominações para as pessoas que passam em nossa vida. Mas todo
mundo tem aquela pessoa.Aquele grande amor, único, o que mais fez sofrer,
o que mais deixou saudade, aquele que acabou com a gente. Aquele amor
inconteste. Eu acredito em apenas um, que marque tanto. Felizmente, eu
ainda estou vivendo este grande amor, o que é uma dádiva.
Mas eu só estando falando disso, porque eu tenho que falar de Dick.
Sim ele mesmo Dick Farney, compositor, cantor, pianista,crooner, que fez
grande sucesso com uma música que falava deste grande amor.
Eu precisava postar esta música aqui no blog e quem tiver a oportunidade,
precisa conhecer o mais rápido possível.
Alguém como tu, por José M. de Abreu e Jair Amorim
"Alguém com tu
Assim como tu
Eu preciso encontrar
Alguém sempre meu,de olhar como o teu
Que me faça sonhar
Amores eu sei
Na vida eu achei e perdi
Mas nunca ninguém desejei
Como desejo a ti
Se tudo acabou
Se o amor já passou
Há de o sonho ficar
Sozinho estarei
E alguém eu irei procurar
Eu sei que outro amor posso ter
E outro romance viver
Mas sei que também
Assim como tu, mais ninguém
Assim como tu, mais ninguém
Lindo, né?
as denominações para as pessoas que passam em nossa vida. Mas todo
mundo tem aquela pessoa.Aquele grande amor, único, o que mais fez sofrer,
o que mais deixou saudade, aquele que acabou com a gente. Aquele amor
inconteste. Eu acredito em apenas um, que marque tanto. Felizmente, eu
ainda estou vivendo este grande amor, o que é uma dádiva.
Mas eu só estando falando disso, porque eu tenho que falar de Dick.
Sim ele mesmo Dick Farney, compositor, cantor, pianista,crooner, que fez
grande sucesso com uma música que falava deste grande amor.
Eu precisava postar esta música aqui no blog e quem tiver a oportunidade,
precisa conhecer o mais rápido possível.
Alguém como tu, por José M. de Abreu e Jair Amorim
"Alguém com tu
Assim como tu
Eu preciso encontrar
Alguém sempre meu,de olhar como o teu
Que me faça sonhar
Amores eu sei
Na vida eu achei e perdi
Mas nunca ninguém desejei
Como desejo a ti
Se tudo acabou
Se o amor já passou
Há de o sonho ficar
Sozinho estarei
E alguém eu irei procurar
Eu sei que outro amor posso ter
E outro romance viver
Mas sei que também
Assim como tu, mais ninguém
Assim como tu, mais ninguém
Lindo, né?
Companheirismo, por Daisaku Ikeda
" Sei que existem ocasiões de muito sofrimento,
Sei que existem momentos de muitas tristezas,
Sei que existem noites que choramos de dor
Sei também que existem dias em que somos
profundamente magoados
Nessas ocasiões, meus companheiros
Experimente bater a porta do meu coração
O meu coração estará sempre aberto para você
Os meus olhos possuem lágrimas para chorar contigo
Os meus ouvidos estão sempre prontos para te ouvir
De coisas alegres, não é necessário falar
Percebo claramente em seu rosto
As coisas tristes e ruins, conte tudo para mim
Deixe-me carregar a metade do seu sofrimento
Para que juntos possamos caminhar com a nossa amizade
Por toda a existência"
Daisaku Ikeda
P.S. : De todas as inúmeras poesias do presidente Ikeda, poeta laureado do mundo,esta é a que mais profundamente tocou o meu coração. Eu a conheci alguns anos atrás, num momento muito difícil da minha vida. E nunca mais a esqueci, desde então ela tem sido o meu barco para navegar por mares tempestuosos.
Sei que existem momentos de muitas tristezas,
Sei que existem noites que choramos de dor
Sei também que existem dias em que somos
profundamente magoados
Nessas ocasiões, meus companheiros
Experimente bater a porta do meu coração
O meu coração estará sempre aberto para você
Os meus olhos possuem lágrimas para chorar contigo
Os meus ouvidos estão sempre prontos para te ouvir
De coisas alegres, não é necessário falar
Percebo claramente em seu rosto
As coisas tristes e ruins, conte tudo para mim
Deixe-me carregar a metade do seu sofrimento
Para que juntos possamos caminhar com a nossa amizade
Por toda a existência"
Daisaku Ikeda
P.S. : De todas as inúmeras poesias do presidente Ikeda, poeta laureado do mundo,esta é a que mais profundamente tocou o meu coração. Eu a conheci alguns anos atrás, num momento muito difícil da minha vida. E nunca mais a esqueci, desde então ela tem sido o meu barco para navegar por mares tempestuosos.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Suniá Torres
Existem pessoas e pessoas.Pessoas legais, chatas, incovenientes,
caloteiras, mentirosas. Mas também existe o Suniá.
Todo mundo devia ter um amigo como o Suniá.Principalmente nos
momentos tristes.Algumas pessoas te recebem com dois beijos, um aperto
de mão. O Suniá te recebe com um abraço. Mas não um abraço qualquer, daqueles
protocolares, frios. Ele te dá um abraço com vontade, aconchegante, não importando
se ele não te ver por dois dias, dois anos ou dois meses.Eu nunca vi o Suniá falar mal
de ninguém, reclamar da inflação, do trânsito, ele não reclama de nada.
Quando você vai na casa dele, ele não fica com a porta entreaberta perguntando se
você quer entrar. Te recebe superbem, já convidando para tomar café da manhã.
Sabe que aquela pessoa que fala com você olhando no fundo dos teus olhos, aquele
olhar de inocência de quem não tem nada a esconder?
Num mundo de corrupção, adultérios, mentiras, o Suniá consegue ser um oásis
de simplicidade contagiando a tudo e a todos com seus encantamentos. E além do
mais é artista, compositor talentoso, cada música mais linda que a outra, faz malabares,
sobe em perna de pau, teatro e o que mais a mente inventar.
E também não pára. Uma hora está em Caminhos do Coração, noutra desfilando no sambódromo, eu ligo para o celular, está em São luís do Maranhão, ligo de novo, em evento
da Coca-cola.
Minhas amigas solteironas, tirem o olho, o cara namora firme há três anos. Pensa que
um brother com todos esses predicados estaria por aí dando sopa? Quem pega não quer largar.
Se o Suniá não existisse, teria que ser inventado.
Minhas
caloteiras, mentirosas. Mas também existe o Suniá.
Todo mundo devia ter um amigo como o Suniá.Principalmente nos
momentos tristes.Algumas pessoas te recebem com dois beijos, um aperto
de mão. O Suniá te recebe com um abraço. Mas não um abraço qualquer, daqueles
protocolares, frios. Ele te dá um abraço com vontade, aconchegante, não importando
se ele não te ver por dois dias, dois anos ou dois meses.Eu nunca vi o Suniá falar mal
de ninguém, reclamar da inflação, do trânsito, ele não reclama de nada.
Quando você vai na casa dele, ele não fica com a porta entreaberta perguntando se
você quer entrar. Te recebe superbem, já convidando para tomar café da manhã.
Sabe que aquela pessoa que fala com você olhando no fundo dos teus olhos, aquele
olhar de inocência de quem não tem nada a esconder?
Num mundo de corrupção, adultérios, mentiras, o Suniá consegue ser um oásis
de simplicidade contagiando a tudo e a todos com seus encantamentos. E além do
mais é artista, compositor talentoso, cada música mais linda que a outra, faz malabares,
sobe em perna de pau, teatro e o que mais a mente inventar.
E também não pára. Uma hora está em Caminhos do Coração, noutra desfilando no sambódromo, eu ligo para o celular, está em São luís do Maranhão, ligo de novo, em evento
da Coca-cola.
Minhas amigas solteironas, tirem o olho, o cara namora firme há três anos. Pensa que
um brother com todos esses predicados estaria por aí dando sopa? Quem pega não quer largar.
Se o Suniá não existisse, teria que ser inventado.
Minhas
A história de espaço celestial
Alguns dos meus dez leitores ficam me perguntando se as histórias do do meu blog são verdadeiras ou ficção. Mais ou menos. Algumas sim, outras não. Algumas intercaladas.A única certeza é que são todas minhas histórias. Em algum momento eu as vivi, ou presenciei e elas acabaram fazendo parte da minha vida. Precisavam serem contadas. Algumas vezes falarei de outros escritores, entre parêntesis. A história de espaço celestial é mais ou menos assim. Uns dez anos atrás eu li no segundo caderno do globo, uma entrevista da Maria Bethânia em que ela dizia assim citando alguém que não lembro o nome:
" Eu nunca fui paixão de ninguém, e sim uma tola apaixonada." E confirmava que essa era a história da vida dela. Eu achei tão encantador ela se revelar desta forma.Deve ser muito difícil para uma mulher falar uma coisa dessas. Mais ou menos uma semana depois, em uma outra entrevista, com Arlete Salles. Ela já tinha passado há muito dos quarenta, quando a repórter perguntou: ainda espera um grande amor?
Ela deu uma resposta característica para a sua idade. " Eu estou muito bem sozinha. Tenho uns namoricos aqui, outros ali. Já passei da idade de ficar tendo ilusões românticas."
Bom, eu não sei quando chegarei a esta fase; mas como dizia Renato Russo, ainda continuo me apaixonando toda semana. Na maioria da vezes por mim mesmo.
" Eu nunca fui paixão de ninguém, e sim uma tola apaixonada." E confirmava que essa era a história da vida dela. Eu achei tão encantador ela se revelar desta forma.Deve ser muito difícil para uma mulher falar uma coisa dessas. Mais ou menos uma semana depois, em uma outra entrevista, com Arlete Salles. Ela já tinha passado há muito dos quarenta, quando a repórter perguntou: ainda espera um grande amor?
Ela deu uma resposta característica para a sua idade. " Eu estou muito bem sozinha. Tenho uns namoricos aqui, outros ali. Já passei da idade de ficar tendo ilusões românticas."
Bom, eu não sei quando chegarei a esta fase; mas como dizia Renato Russo, ainda continuo me apaixonando toda semana. Na maioria da vezes por mim mesmo.
Espaço Celestial. Agora, sim!
Tempo: longínquo, voraz, implacável
Durante você, eu me perdi, sumi
Tentando encontrar qualquer réstea
de romantismo e, quem sabe, esperança
Por todo este tempo eu fui pensativo,
paciente, emotivo, sensato
Mas o fel que me guardaste
foi terrivelmente mordaz
Eu pensei que juntos pudéssemos
enfrentar todas as correntes
Quebrar todos os paradigmas
Resolver todos os impasses
Seríamos como rochas açoitadas e firmes
ante as mais violentas tempestades
Mas hoje vejo que isto não foi possível
Eu amei
Amei muito
E justamente por isso
Eu estive todo o tempo errado
Infelizmente eu fui um tolo apaixonado
Durante você, eu me perdi, sumi
Tentando encontrar qualquer réstea
de romantismo e, quem sabe, esperança
Por todo este tempo eu fui pensativo,
paciente, emotivo, sensato
Mas o fel que me guardaste
foi terrivelmente mordaz
Eu pensei que juntos pudéssemos
enfrentar todas as correntes
Quebrar todos os paradigmas
Resolver todos os impasses
Seríamos como rochas açoitadas e firmes
ante as mais violentas tempestades
Mas hoje vejo que isto não foi possível
Eu amei
Amei muito
E justamente por isso
Eu estive todo o tempo errado
Infelizmente eu fui um tolo apaixonado
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O relógio de pandora
Cheguei em casa tarde, acho que eram umas dez horas.
- Isso são horas?
- Boa noite, meu amor.
- Boa noite, onde você estava?
- Tomando uma cervejinha com os amigos.
- Legal, você não atende o celular mais não?
- Desculpa, amor. O som estava muito alto, eu não ouvi.
- Eu aqui igual a uma idiota esperando o palhaço, enquanto ele fica enchendo a cara
no primeiro bar que aparece.
- Amor, vem cá. Escuta só. Eu não vou brigar com você.
- Não tem ninguém brigando, eu só quero que você...
- Sabe porque eu não vou brigar com você?
- Não me enrola.
- Porque eu te amo. Tu nem imaginas quanto.
- Se você soubesse a raiva que eu estou.... sai de perto de mim.
- Eu não vou sair de perto de você, eu vou chegar mais perto. Vem cá fica calma.
Eu já disse que você é linda?
- Tu é muito canalha, cafajeste.
- Eu tenho uma surpresa pra você.
- Surpresa, que surpresa?Cê tá mentindo.
- E porque razão eu mentiria pra você, linda?
Posso mostrar eu não posso ?
- Me enrola, vai.
- Fecha os olhos
- Que que é ?
- Primeiro me dá um beijo.
- Mostra logo....
- Tá bom.
- Não acredito...como é que você conseguiu ? Eu adoro este chocolate. É holandês, dificílimo de achar e deliciosos.... ai minha dieta.
- Posso te garantir que não foi depois do bar, arranjando uma desculpa para chegar tarde em casa.
- Ai, amor brigado, eu te adoro viu...
- Hoje tem?
- Isso são horas?
- Boa noite, meu amor.
- Boa noite, onde você estava?
- Tomando uma cervejinha com os amigos.
- Legal, você não atende o celular mais não?
- Desculpa, amor. O som estava muito alto, eu não ouvi.
- Eu aqui igual a uma idiota esperando o palhaço, enquanto ele fica enchendo a cara
no primeiro bar que aparece.
- Amor, vem cá. Escuta só. Eu não vou brigar com você.
- Não tem ninguém brigando, eu só quero que você...
- Sabe porque eu não vou brigar com você?
- Não me enrola.
- Porque eu te amo. Tu nem imaginas quanto.
- Se você soubesse a raiva que eu estou.... sai de perto de mim.
- Eu não vou sair de perto de você, eu vou chegar mais perto. Vem cá fica calma.
Eu já disse que você é linda?
- Tu é muito canalha, cafajeste.
- Eu tenho uma surpresa pra você.
- Surpresa, que surpresa?Cê tá mentindo.
- E porque razão eu mentiria pra você, linda?
Posso mostrar eu não posso ?
- Me enrola, vai.
- Fecha os olhos
- Que que é ?
- Primeiro me dá um beijo.
- Mostra logo....
- Tá bom.
- Não acredito...como é que você conseguiu ? Eu adoro este chocolate. É holandês, dificílimo de achar e deliciosos.... ai minha dieta.
- Posso te garantir que não foi depois do bar, arranjando uma desculpa para chegar tarde em casa.
- Ai, amor brigado, eu te adoro viu...
- Hoje tem?
Segredos e mentiras
Não diga nada, eu sei de tudo
Meus pensamentos são todos para ti
Em minhas viagens, teu perfume caminha comigo
E embora seja difícil acreditar
Eu ainda te amo como a primeira vez em que eu te vi
Esta tarde eu estava em Copa
procurando no celular tuas últimas mensagens
Bate uma angústia tão grande quando o
teu celular está fora de área ou desligado
Sabe como é que é, minha memória não é muito boa
Rola uns pensamentos na minha mente e eu
tenho medo de depois não lembrar
Ou sinceramente na hora travar
e acabar não te dizendo nada, por orgulho bobo
Mas então, se liga só.
Eu não quero mais brigar contigo
Não hoje, nem esta semana
É porque eu estou com uma saudade tão grande
e agora você está incomunicável.
Bate uma insegurança.
P.S. : Deixa eu te falar uma coisa. É um segredo eu nunca contei para ninguém. Muitos anos atrás,tive uma namorada que era apaixonada por mim.Eu não sabia. Talvez por isso, e tb por imaturidade, eu a tratava muito mal. Era muito ciumento, galinha, cafajeste e canalha, não necessariamente nesta ordem. O fato é que eu me julgava tão bam bam bam, que terminei o namoro e ainda fiquei com a melhor amiga dela, só para fazer ciúme. Mas ela era uma garota tão maravilhosa, que nunca desistiu de mim e ainda por cima me deu uma festa de aniversário maravilhosa, ocasião em que pediu para voltar para mim. Escreveu uns versos, chorou e me deu um beijo que tão doce que eu nunca vou esquecer.Isto foi numa sexta-feira à noite e então eu fui para casa e fiquei o final de semana inteiro pensando em todas sacanagens que eu tinha feito com ela.
Na segunda-feira eu a encontrei inconsolável: a mãe dela tinha acabado de falecer. Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. Marcamos de nos encontrar no velório.
Eu nunca mais a vi. Naquela época não tinha celular, o telefone da casa dela tocava e ninguém atendia, o apartamento foi lacrado. O porteiro disse que ela tinha ido morar na Espanha com uma amiga. Durante três anos, eu vivi uma depressão, comecei a beber, fumar, quase não saía de casa. E ainda hoje eu acho que não foi nem tanto por tê-la perdido, mas por nunca ter tido a oportunidade de pedir desculpas. É como se ela tivesse morrido.
Espero nunca mais passar por essa experiência novamente
Meus pensamentos são todos para ti
Em minhas viagens, teu perfume caminha comigo
E embora seja difícil acreditar
Eu ainda te amo como a primeira vez em que eu te vi
Esta tarde eu estava em Copa
procurando no celular tuas últimas mensagens
Bate uma angústia tão grande quando o
teu celular está fora de área ou desligado
Sabe como é que é, minha memória não é muito boa
Rola uns pensamentos na minha mente e eu
tenho medo de depois não lembrar
Ou sinceramente na hora travar
e acabar não te dizendo nada, por orgulho bobo
Mas então, se liga só.
Eu não quero mais brigar contigo
Não hoje, nem esta semana
É porque eu estou com uma saudade tão grande
e agora você está incomunicável.
Bate uma insegurança.
P.S. : Deixa eu te falar uma coisa. É um segredo eu nunca contei para ninguém. Muitos anos atrás,tive uma namorada que era apaixonada por mim.Eu não sabia. Talvez por isso, e tb por imaturidade, eu a tratava muito mal. Era muito ciumento, galinha, cafajeste e canalha, não necessariamente nesta ordem. O fato é que eu me julgava tão bam bam bam, que terminei o namoro e ainda fiquei com a melhor amiga dela, só para fazer ciúme. Mas ela era uma garota tão maravilhosa, que nunca desistiu de mim e ainda por cima me deu uma festa de aniversário maravilhosa, ocasião em que pediu para voltar para mim. Escreveu uns versos, chorou e me deu um beijo que tão doce que eu nunca vou esquecer.Isto foi numa sexta-feira à noite e então eu fui para casa e fiquei o final de semana inteiro pensando em todas sacanagens que eu tinha feito com ela.
Na segunda-feira eu a encontrei inconsolável: a mãe dela tinha acabado de falecer. Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. Marcamos de nos encontrar no velório.
Eu nunca mais a vi. Naquela época não tinha celular, o telefone da casa dela tocava e ninguém atendia, o apartamento foi lacrado. O porteiro disse que ela tinha ido morar na Espanha com uma amiga. Durante três anos, eu vivi uma depressão, comecei a beber, fumar, quase não saía de casa. E ainda hoje eu acho que não foi nem tanto por tê-la perdido, mas por nunca ter tido a oportunidade de pedir desculpas. É como se ela tivesse morrido.
Espero nunca mais passar por essa experiência novamente
domingo, 12 de outubro de 2008
Virgem
Hoje eu descobri
Lendo suas coisas, sem querer
Que o seu signo é virgem
E é apenas por isso
Que virgem é o signo que eu mais gosto
Tão organizada
Em sua própria desorganização
Às vezes alienada
Mas conquistou meu coração
Tantas vezes atrasada
Adora causar " frisson"
Tudo o que eu peço esquece
Mas não consigo condenar
É só o seu jeito de gostar
O seu signo é virgem
Hoje eu descobri
Mas não tem jeito
Amo você assim.
Lendo suas coisas, sem querer
Que o seu signo é virgem
E é apenas por isso
Que virgem é o signo que eu mais gosto
Tão organizada
Em sua própria desorganização
Às vezes alienada
Mas conquistou meu coração
Tantas vezes atrasada
Adora causar " frisson"
Tudo o que eu peço esquece
Mas não consigo condenar
É só o seu jeito de gostar
O seu signo é virgem
Hoje eu descobri
Mas não tem jeito
Amo você assim.
Saudades de Letícia,capítulo 1
Eu já nem lembrava mais dela. 15 anos são muito tempo. Encontrei-a sardentinha, a pele ainda mais alva, olhar distante. Na verdade foi ela quem me viu primeiro. Eu estava no chek-in da Tam indo assistir a uma palestra em São Paulo.
- Rodrigo, é você?
Custei a acreditar. Não era possível. Eu fui apaixonado pela Letícia. Paixão platônica, claro, assim como metade do colegial. Ela nunca deu bola para ninguém, não por esnobismo acho eu, mas porque era daquelas que ainda acreditavam em príncipe encantado. Ainda assim todos nos surpreendemos com o seu repentino casamento aos dezoito anos, largando sonhos, faculdade, nós. Sumiu e ninguém nunca mais soube dela.
- Foi o destino que me fez te encontrar- falou-me, eu sem entender nada. - Preciso tanto falar com você.
- Também fico feliz de te ver- ela me deu um abraço tão forte e então percebi que estava sendo sincera.
- Você está morando no Rio? - estava receoso de ser um tanto incoveniente.
- Estou, há algum tempo.
Trocamos telefones; eu realmente estava atrasado, quem dera pudesse cancelar aquela viagem, confesso que estava curioso. Só pude ver letícia duas semanas depois, ela desculpou-se dizendo que estava um pouco atarefada com alguns advogados. Marcou de encontrar-me em sua residência, ali na nossa senhora, a uma quadra da praia de copacabana.
Ao entrar em seu apartamento, fui recebido por uma empregada sorridente, o que me deixou um pouco mais a vontade, embora não pudesse deixar de me impressionar. Ela morava em um apartamento de um andar inteiro, extremamente bem decorado, não com quadros, mas fotos, porta- retratos, molduras, mais fotos, pinturas dela com um cara, sempre o mesmo cara. Mesmo sem nunca ter saído do Brazil, pude reconhecer algumas cidades: Big Bang, Torre Eifeel, Taj mahal, Alpes suícos... e estavam sempre sorrindo.
Quando entrei, ela estava na segunda sala, sentada num sofá de três lugares, próximo a uma porta entreberta onde podia-se perceber um escritório. Havia também um aparelho de som ao seu lado e pude enfim perceber que uma mesma música tocava insistentemente no rádio: reconheci o sucesso do nxzero.
" Quando perco a fé, fico sem controle, e me sinto mal, sem esperança e ao meu redor
a inveja vai, fazendo as pessoas se odiarem mais.
me sinto só, mas sei que não estou, pois levo você no pensamento
meu medo se vai, recupero a fé, e sinto que algum dia ainda vou te ver.
Cedo ou tarde.
Cedo ou tarde, a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhor
Sei que quando canto você pode me escutar"
Foi então que percebi que ela estava chorando.
Final do capítulo I.
- Rodrigo, é você?
Custei a acreditar. Não era possível. Eu fui apaixonado pela Letícia. Paixão platônica, claro, assim como metade do colegial. Ela nunca deu bola para ninguém, não por esnobismo acho eu, mas porque era daquelas que ainda acreditavam em príncipe encantado. Ainda assim todos nos surpreendemos com o seu repentino casamento aos dezoito anos, largando sonhos, faculdade, nós. Sumiu e ninguém nunca mais soube dela.
- Foi o destino que me fez te encontrar- falou-me, eu sem entender nada. - Preciso tanto falar com você.
- Também fico feliz de te ver- ela me deu um abraço tão forte e então percebi que estava sendo sincera.
- Você está morando no Rio? - estava receoso de ser um tanto incoveniente.
- Estou, há algum tempo.
Trocamos telefones; eu realmente estava atrasado, quem dera pudesse cancelar aquela viagem, confesso que estava curioso. Só pude ver letícia duas semanas depois, ela desculpou-se dizendo que estava um pouco atarefada com alguns advogados. Marcou de encontrar-me em sua residência, ali na nossa senhora, a uma quadra da praia de copacabana.
Ao entrar em seu apartamento, fui recebido por uma empregada sorridente, o que me deixou um pouco mais a vontade, embora não pudesse deixar de me impressionar. Ela morava em um apartamento de um andar inteiro, extremamente bem decorado, não com quadros, mas fotos, porta- retratos, molduras, mais fotos, pinturas dela com um cara, sempre o mesmo cara. Mesmo sem nunca ter saído do Brazil, pude reconhecer algumas cidades: Big Bang, Torre Eifeel, Taj mahal, Alpes suícos... e estavam sempre sorrindo.
Quando entrei, ela estava na segunda sala, sentada num sofá de três lugares, próximo a uma porta entreberta onde podia-se perceber um escritório. Havia também um aparelho de som ao seu lado e pude enfim perceber que uma mesma música tocava insistentemente no rádio: reconheci o sucesso do nxzero.
" Quando perco a fé, fico sem controle, e me sinto mal, sem esperança e ao meu redor
a inveja vai, fazendo as pessoas se odiarem mais.
me sinto só, mas sei que não estou, pois levo você no pensamento
meu medo se vai, recupero a fé, e sinto que algum dia ainda vou te ver.
Cedo ou tarde.
Cedo ou tarde, a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhor
Sei que quando canto você pode me escutar"
Foi então que percebi que ela estava chorando.
Final do capítulo I.
sábado, 11 de outubro de 2008
Blade Runner
O primeiro passo para o caminho é a busca.
E desenfreada, louca subversiva, ela não pára nunca
Mesmo porque, quando nossos anseios são descontrolados,
o mais importante é a meta a ser atingida.
Com o tempo você tornou-se para mim
uma história a ser preenchida, um caminho a ser
trilhado.
E independente do andar da carruagem, meu
amor superou tudo.
A saga de um verdadeiro amor não é medida em palavras,
nem em gestos superficiais.
De que adianta todo o nosso amor, se não compreendes
que o diálogo é a base de todo os relacionamentos.
Às vezes eu chego em casa depois do trabalho, pensando em
ligar para ti.
Então eu lembro das brigas,cobranças, ciúmes infantis, fica
mais difícil.
Lembra das nossas primeiras vezes?Todo o romantismo,
compreensão mútua, amores eternos.
Talvez possamos resgatar toda esta história, com novos projetos
esquecendo os erros, quem estava certo.
Por que não tentar?
E desenfreada, louca subversiva, ela não pára nunca
Mesmo porque, quando nossos anseios são descontrolados,
o mais importante é a meta a ser atingida.
Com o tempo você tornou-se para mim
uma história a ser preenchida, um caminho a ser
trilhado.
E independente do andar da carruagem, meu
amor superou tudo.
A saga de um verdadeiro amor não é medida em palavras,
nem em gestos superficiais.
De que adianta todo o nosso amor, se não compreendes
que o diálogo é a base de todo os relacionamentos.
Às vezes eu chego em casa depois do trabalho, pensando em
ligar para ti.
Então eu lembro das brigas,cobranças, ciúmes infantis, fica
mais difícil.
Lembra das nossas primeiras vezes?Todo o romantismo,
compreensão mútua, amores eternos.
Talvez possamos resgatar toda esta história, com novos projetos
esquecendo os erros, quem estava certo.
Por que não tentar?
O que realmente se quer
- Rodrigo, seu chato me responde uma coisa.
- Perguntar não ofende, não responder também não.
Tô brincando, pode falar.
Angela sempre começava assim, despretensiosa, se eu não tomasse cuidado, daqui a pouco estava envolvido em uma guerra dos sexo pós-moderna. Mas nessa eu não caio mais
- O que que vocês homens falam no banheiro?
- Como assim?
- Ah, é uma curiosidade minha, eu queria saber.
- Você quer a verdade, ou vai dar uma de Cazuza em "mentiras sinceras me interessam" ?
- Sério, Rô fala.
- Bom, depois da pelada, a gente fala de futebol, depois do show, das melhores músicas, no trabalho, mal do chefe...
- Pára de me enrolar, cara você sabe do que eu estou falando.
- Tá bom, tá bom. Isto vai depender muito do caráter do cara. Mas não é muito incomun, ouvir caras falando o que fizeram na cama com suas amantes, aumentando na maioria das vezes.
- Canalhas.
- Deixa eu te explicar uma coisa: hoje nós temos internet, o homem já foi na lua, mas certas coisas não mudam; tem muito homem que separa, mulher pra namorar e mulher para casar.
- E como é que eu vou saber em que categoria serei incluída?
- Depende de você, do que você quer. Se procuras casamento jamais saia no primeiro encontro. Nem no segundo. Muito menos no terceiro. Não fale palavrão ou qualquer outra palavra vulgar. Homem acha muito bonito, mas só em filmes eróticos.Mantenha o mistério, não troque roupa na frente dele, não deixe a luz totalmente acesa, não pergunte do trabalho, nem quanto ganha(descubra sozinha)
- Como?
- Como, ora como, pelo dedo se conhece o gigante e pela mala a categoria do viajante.Veja o porte as roupas, o perfume, o vocabulário, o ambiente em que ele frequenta, essas sutilezas. Esteja sempre maquiada, perfumada, fale pouco, esconda muito, não pertube no trabalho, não fique ligando toda hora, não demonstre que está completamente apaixonada, suma por alguns dias(celular desligado), deixe que ele perceba que há outros interessados em você, jamais insinue data de noivado.
-Eu não posso me declarar, sério?
- O homem ainda agem como bicho das cavernas, gosta de estar no ataque, ainda pensa que fruta caída no chão está bichada.
- Mas é tão difícil...
- Mas necessário, e lembre-se: quem se oferece como tapete está pedindo para ser pisada.
- E se nada disso funcionar?
- Cai fora, que esse homem não te merece.
- Perguntar não ofende, não responder também não.
Tô brincando, pode falar.
Angela sempre começava assim, despretensiosa, se eu não tomasse cuidado, daqui a pouco estava envolvido em uma guerra dos sexo pós-moderna. Mas nessa eu não caio mais
- O que que vocês homens falam no banheiro?
- Como assim?
- Ah, é uma curiosidade minha, eu queria saber.
- Você quer a verdade, ou vai dar uma de Cazuza em "mentiras sinceras me interessam" ?
- Sério, Rô fala.
- Bom, depois da pelada, a gente fala de futebol, depois do show, das melhores músicas, no trabalho, mal do chefe...
- Pára de me enrolar, cara você sabe do que eu estou falando.
- Tá bom, tá bom. Isto vai depender muito do caráter do cara. Mas não é muito incomun, ouvir caras falando o que fizeram na cama com suas amantes, aumentando na maioria das vezes.
- Canalhas.
- Deixa eu te explicar uma coisa: hoje nós temos internet, o homem já foi na lua, mas certas coisas não mudam; tem muito homem que separa, mulher pra namorar e mulher para casar.
- E como é que eu vou saber em que categoria serei incluída?
- Depende de você, do que você quer. Se procuras casamento jamais saia no primeiro encontro. Nem no segundo. Muito menos no terceiro. Não fale palavrão ou qualquer outra palavra vulgar. Homem acha muito bonito, mas só em filmes eróticos.Mantenha o mistério, não troque roupa na frente dele, não deixe a luz totalmente acesa, não pergunte do trabalho, nem quanto ganha(descubra sozinha)
- Como?
- Como, ora como, pelo dedo se conhece o gigante e pela mala a categoria do viajante.Veja o porte as roupas, o perfume, o vocabulário, o ambiente em que ele frequenta, essas sutilezas. Esteja sempre maquiada, perfumada, fale pouco, esconda muito, não pertube no trabalho, não fique ligando toda hora, não demonstre que está completamente apaixonada, suma por alguns dias(celular desligado), deixe que ele perceba que há outros interessados em você, jamais insinue data de noivado.
-Eu não posso me declarar, sério?
- O homem ainda agem como bicho das cavernas, gosta de estar no ataque, ainda pensa que fruta caída no chão está bichada.
- Mas é tão difícil...
- Mas necessário, e lembre-se: quem se oferece como tapete está pedindo para ser pisada.
- E se nada disso funcionar?
- Cai fora, que esse homem não te merece.
Perda
Já não consigo mais te ver
E as luzes todas apagadas
Não há ninguém para consolar
A noite é fria e traz lembranças
De um tempo não esquecido
É difícil fingir que não vejo
E controlar a vontade de você
São só tristezas lá em casa
Cenário inóspito na madrugada
Eu ando nas ruas perdido entre
as pessoas
Tentando lembrar um pouco das coisas boas
Esse telefone que não toca
Você que nunca mais entrou por esta porta
Quem sabe são esperanças mais nada
Quem sabe eu não sabia desta
perda anunciada
E as luzes todas apagadas
Não há ninguém para consolar
A noite é fria e traz lembranças
De um tempo não esquecido
É difícil fingir que não vejo
E controlar a vontade de você
São só tristezas lá em casa
Cenário inóspito na madrugada
Eu ando nas ruas perdido entre
as pessoas
Tentando lembrar um pouco das coisas boas
Esse telefone que não toca
Você que nunca mais entrou por esta porta
Quem sabe são esperanças mais nada
Quem sabe eu não sabia desta
perda anunciada
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Eu nunca percebi
Algumas pessoas são felizes. Enfrentam dificuldades, dinheiro curto, compras parceladas, tomam remédios, pegam trânsito, encaram o chefe, levam as crianças na escola. Mas sorriem.
Chegam em casa e preparam a comida. E colocam a roupa branca de molho, a comida no microondas, pos-it na geladeira, abrem os e-mails, tiram a maquiagem, recolhem meias e cuecas, trocam a fralda do nenê. E levantam cedo, café na cafeteira, banho quente, pelando, pegam o jornal na porta, penteiam o cabelo, beijam o marido,é hora de acordar, já passei a tua camisa, limpa a boca filho, telefona para a amiga, chave na porta para o lado de fora, espera aí que eu já volto, perdem o elevador, esquecem a chave do carro em casa, tem que botar gasolina, por favor seu guarda não me multa é que eu estou muito atrasada, retrovisor é espelho, a maquiagem está borrada, te vejo logo mais filho.
E beijam o marido, e se perfuma, coloca a lingerie sexy, banhos demorados, decepcionam-se Não ele não vem, está no bar, no futebol com os amigos, lendo o jornal, reuniões de trabalho, viagens, happy-hours, playstation 3, internet, bate-papo.
É isto mesmo marcinha, assim no diminutivo. Eu te perdi. Você era uma esposa maravilhosa, linda nos seus 32 anos, realizada no trabalho, carinhosa nos momentos íntimos...vem cá amor, tu está tão gostoso, hoje tem?, tem ou não tem? claro que tem né, mas primeiro deixa eu conferir se está tudo gostoso mesmo, tem que fazer a conferência.....Tá, tá ,tá tudo gostoso! Então tem que aproveitar tanta gostura, hoje não estou cansado.
Dois meses, parece que foi ontem. Você foi embora, apaixonada por outro como pode? Levou nosso filhinho, não brigou, não reclamou, não entrou na justiça, não quer pensão, nem as fotos.
E sobretudo, não quer me ver, pela primeira vez está sendo amada de verdade.
Sou completamente apaixonado por você, marcinha, mas acho que agora é um pouco tarde para chegar a esta conclusão. Desculpa por tudo, tá.
Chegam em casa e preparam a comida. E colocam a roupa branca de molho, a comida no microondas, pos-it na geladeira, abrem os e-mails, tiram a maquiagem, recolhem meias e cuecas, trocam a fralda do nenê. E levantam cedo, café na cafeteira, banho quente, pelando, pegam o jornal na porta, penteiam o cabelo, beijam o marido,é hora de acordar, já passei a tua camisa, limpa a boca filho, telefona para a amiga, chave na porta para o lado de fora, espera aí que eu já volto, perdem o elevador, esquecem a chave do carro em casa, tem que botar gasolina, por favor seu guarda não me multa é que eu estou muito atrasada, retrovisor é espelho, a maquiagem está borrada, te vejo logo mais filho.
E beijam o marido, e se perfuma, coloca a lingerie sexy, banhos demorados, decepcionam-se Não ele não vem, está no bar, no futebol com os amigos, lendo o jornal, reuniões de trabalho, viagens, happy-hours, playstation 3, internet, bate-papo.
É isto mesmo marcinha, assim no diminutivo. Eu te perdi. Você era uma esposa maravilhosa, linda nos seus 32 anos, realizada no trabalho, carinhosa nos momentos íntimos...vem cá amor, tu está tão gostoso, hoje tem?, tem ou não tem? claro que tem né, mas primeiro deixa eu conferir se está tudo gostoso mesmo, tem que fazer a conferência.....Tá, tá ,tá tudo gostoso! Então tem que aproveitar tanta gostura, hoje não estou cansado.
Dois meses, parece que foi ontem. Você foi embora, apaixonada por outro como pode? Levou nosso filhinho, não brigou, não reclamou, não entrou na justiça, não quer pensão, nem as fotos.
E sobretudo, não quer me ver, pela primeira vez está sendo amada de verdade.
Sou completamente apaixonado por você, marcinha, mas acho que agora é um pouco tarde para chegar a esta conclusão. Desculpa por tudo, tá.
Nunca antes na história do capitalismo
Sinceramente, nunca pensei que veria o que está acontecendo no mercado financeiro.Não foram eles que sempre pregaram o laissez faire, livre-comércio, não-interferência do estado na economia, desregulamentação?Especularam como se o céu fosse o limite, brincaram com os investimentos de milhões de pessoas, transformaram o mercado financeiro num cassino, maquiaram balanços, agências de classificação de risco e agora pedem socorros ao tesouro.Isto para mim é o socialismo.
O fato é que o socialismo verdadeiro, eu só conheço um, que é o implantado nos países nórdicos, com benefícios à toda a população. De resto o que eles querem é o socialismo de Stálin e Fidel Castro, ou seja para os camaradas tudo, e para a população, miséria igualitária. Sim, porque a população é que vai pagar a conta de um sistema financeiro desregulamentado.
Nesta que está sendo considerada a pior crise do capitalismo desde o crash de 29, os personagens são muitos, cadeia para nenhuns e a conta fica para aqueles que não entendem nada de mercado financeiro. E o mais triste de toda esta história é que teremos o contrário, que também não é nada bom: falsos comunistas e aproveitadores propondo excesso de regulamentação que apenas servirá para alimentar um estado cada vez mais corrupto, principalmente aqui no Brasil.
O fato é que o socialismo verdadeiro, eu só conheço um, que é o implantado nos países nórdicos, com benefícios à toda a população. De resto o que eles querem é o socialismo de Stálin e Fidel Castro, ou seja para os camaradas tudo, e para a população, miséria igualitária. Sim, porque a população é que vai pagar a conta de um sistema financeiro desregulamentado.
Nesta que está sendo considerada a pior crise do capitalismo desde o crash de 29, os personagens são muitos, cadeia para nenhuns e a conta fica para aqueles que não entendem nada de mercado financeiro. E o mais triste de toda esta história é que teremos o contrário, que também não é nada bom: falsos comunistas e aproveitadores propondo excesso de regulamentação que apenas servirá para alimentar um estado cada vez mais corrupto, principalmente aqui no Brasil.
sábado, 27 de setembro de 2008
Marcelo
Eu tento guardar dele os momentos gloriosos, quando ele estava no auge.
Jogávamos bola toda tarde no aterro do flamengo, após as aulas no Deodoro. Juntos, descobrimos as primeiras namoradas, o medo de não passar de ano, a angústia dos períodos de férias.
Uma vez ele estava fazendo aniversário e o pai dele andava lá pelo Amazonas, a trabalho. Tentamos fazer uma supresa, com uma dessas tortas de padaria, mas é impossível esconder quaquer coisa do Marcelo. Não só descobriu, como lambuzou todo mundo de creme e furou todos os balões de aniversário. Ele era assim brincalhão,diverto, sacana. Engrançado eu falar no pretérito como se ele tivesse morrido, mas parece que eu não o conheço mais.Difícil doença que descaracterize tanto uma pessoa como a esquizofrenia.
Como um amigo que brinca com vc a adolescência inteira, faz planos para o vestibular, namora, de repente aos 19 anos começa a andar nu pela cidade, a não falar coisa com coisa, achar que tem alguém querendo matá-lo, recusar-se a tomar banho e a sair de casa.Foi um choque para todos nós.
E o que se seguiu, não foi menos aterrador: internações, choques elétricos, remédios pesadíssimos, Pinel, fugas, a realidade de país terceiro-mundista.
É, Marcelo, talvez eu não possa fazer muito por você, meu amigo, não mais do que enviar-te orações para que um dia você consiga a cura para o teu mal. De toda forma fica o teu exemplo de vida, de luta e de superação e a tua história, principalmente para os que só pensam em dinheiro, prazeres fúteis e revista Caras.
Jogávamos bola toda tarde no aterro do flamengo, após as aulas no Deodoro. Juntos, descobrimos as primeiras namoradas, o medo de não passar de ano, a angústia dos períodos de férias.
Uma vez ele estava fazendo aniversário e o pai dele andava lá pelo Amazonas, a trabalho. Tentamos fazer uma supresa, com uma dessas tortas de padaria, mas é impossível esconder quaquer coisa do Marcelo. Não só descobriu, como lambuzou todo mundo de creme e furou todos os balões de aniversário. Ele era assim brincalhão,diverto, sacana. Engrançado eu falar no pretérito como se ele tivesse morrido, mas parece que eu não o conheço mais.Difícil doença que descaracterize tanto uma pessoa como a esquizofrenia.
Como um amigo que brinca com vc a adolescência inteira, faz planos para o vestibular, namora, de repente aos 19 anos começa a andar nu pela cidade, a não falar coisa com coisa, achar que tem alguém querendo matá-lo, recusar-se a tomar banho e a sair de casa.Foi um choque para todos nós.
E o que se seguiu, não foi menos aterrador: internações, choques elétricos, remédios pesadíssimos, Pinel, fugas, a realidade de país terceiro-mundista.
É, Marcelo, talvez eu não possa fazer muito por você, meu amigo, não mais do que enviar-te orações para que um dia você consiga a cura para o teu mal. De toda forma fica o teu exemplo de vida, de luta e de superação e a tua história, principalmente para os que só pensam em dinheiro, prazeres fúteis e revista Caras.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
A vida sem cigarro
Confesso que dessa vez é diferente. Sim, eu sei que já parei de fumar diversas vezes, esses anos todos, mas agora eu tenho um sentimento completamente novo. É uma verdadeira terapia. Pela primeira vez, eu não sinto vontade de fumar. Este fim de semana passei pela primeira prova de fogo, rodeado de amigos, cerveja, petiscos e nada.
Longe de mim se transformar em um chatonildo, militante antitabagismo. Entendo todo o ritual que é, as lembranças evocadas, os enredos holliwoodianos. Lembro-me com saudade e isto basta.
Acredito que está contribuindo para isto a minha estabilidade emocional, não se deixar levar pelas circunstâncias.
São nessas horas que lembramos das loucuras que já fizemos por um rogaci, tipo rodar várias ruas de madrugada em busca de um posto ou bar abertos, andar por uma praia deserta atrás de um louco com isqueiro ou fósforo, revirar a casa atrás do dito cujo sedento de nicotina, queimar os dedos, fazer um rombo naquele casaco caríssimo, quase tocar fogo na casa ao dormir com o cigarro aceso, fumar escondido em corredores de shoppings, desperdiçar a água de uma descarga inteira para apagar o flagrante...
Realmente, não vale a pena.
Longe de mim se transformar em um chatonildo, militante antitabagismo. Entendo todo o ritual que é, as lembranças evocadas, os enredos holliwoodianos. Lembro-me com saudade e isto basta.
Acredito que está contribuindo para isto a minha estabilidade emocional, não se deixar levar pelas circunstâncias.
São nessas horas que lembramos das loucuras que já fizemos por um rogaci, tipo rodar várias ruas de madrugada em busca de um posto ou bar abertos, andar por uma praia deserta atrás de um louco com isqueiro ou fósforo, revirar a casa atrás do dito cujo sedento de nicotina, queimar os dedos, fazer um rombo naquele casaco caríssimo, quase tocar fogo na casa ao dormir com o cigarro aceso, fumar escondido em corredores de shoppings, desperdiçar a água de uma descarga inteira para apagar o flagrante...
Realmente, não vale a pena.
domingo, 21 de setembro de 2008
A farsa de Diogo Mainardi
Toda semana ele está lá, pago religiosamente, pau mandado que é de seus editores, para denegrir a imagem de todos os brasileiros. O que me surpreende, são os leitores de uma revista tão conceituada, inclsive os que concordam com suas idéias, ainda não terem percebido que ele zomba de todos nós inclusive dele mesmo.
Ele diz que somos a escória da humanidade, como se também não fosse brasileiro. Nunca ganhamos um Nobel, e o que ele é um Machado de Assis? Fala mal do Jabor, mas produziu um filme horrososo que se passar na sessão da tarde, dará um traço no Ibope.Sua característica principal é a inveja, a mesquinhez, o complexo de inferioridade. Sim, porque nunca produziu nada que prestasse, vive como um abutre, uma mosca varejeira procurando sempe uma ferida para dela tirar a sua sobrevivência.
Se a revista Veja tivesse um mínimo de decência, publicaria os diversos direitos de resposta, para que as pessoas atacadas por tantas maledicências pudessem se defender. Está a anos luz da Folha, que publica opiniôes diferentes da sua.
O pior que pode acontecer com o ser humano é ser julgar o dono da verdade, sem ao menos ouvir o outro. Esse é o problema da direita fundamentalista, querer legitimar os seus preconceitos mais recônditos com supostas teses universalistas.
Ele já assumiu que é o Paulo Francis do séc.XXI, numa versão muito mais grotesca. O que esperar de uma pessoas que provavelmente nunca ouviu fala do universalismo do caminho do meio?
Os seus heróis são a direita americana e seus supostos valores comerciais. Nem todos os valores do ser humano podem ser quantificados pela porcentagem do PIB, ou penetração tecnológica. O mundo não pode mais ser dividido em vencidos e perdedores, como se do outro lado não houvessem seres humanos, vítimas de uma cultura que valoriza o supérfluo em detrimento da preservação dos valores ambientais.
É óbvio, que temos uma esquerda medíocre desejosa de cabides de emprego, patrocinadora do estatismo vil que só serve para atrasar o país. Mas daí a dizer que a nossa cultura não serve para nada, que nunca seremos coisa alguma, que nos últimos cinqüenta anos nada mudou em nossa subserviência é menosprezar não só o brasileiro mais a própria capacidade humana de aprimorar-se cada vez mais.
Nunca podemos esquecer que as os países desenvolvidos, a grande maioria, ficaram ricos não apenas com trabalho e conhecimento intelectual, mas também com a escravidão, roubo de riquezas minerais, divisão da África, patrocínio de ditadura militares, envio de sucata tecnológica, corrupção, comprometendo por muitos anos o crescimento dos países periféricos.
Está mais do que na hora de cada brasileiro rebater cada gota de esgoto que sai da boca de certos colunistas, adeptos do quanto pior, melhor.
Ele diz que somos a escória da humanidade, como se também não fosse brasileiro. Nunca ganhamos um Nobel, e o que ele é um Machado de Assis? Fala mal do Jabor, mas produziu um filme horrososo que se passar na sessão da tarde, dará um traço no Ibope.Sua característica principal é a inveja, a mesquinhez, o complexo de inferioridade. Sim, porque nunca produziu nada que prestasse, vive como um abutre, uma mosca varejeira procurando sempe uma ferida para dela tirar a sua sobrevivência.
Se a revista Veja tivesse um mínimo de decência, publicaria os diversos direitos de resposta, para que as pessoas atacadas por tantas maledicências pudessem se defender. Está a anos luz da Folha, que publica opiniôes diferentes da sua.
O pior que pode acontecer com o ser humano é ser julgar o dono da verdade, sem ao menos ouvir o outro. Esse é o problema da direita fundamentalista, querer legitimar os seus preconceitos mais recônditos com supostas teses universalistas.
Ele já assumiu que é o Paulo Francis do séc.XXI, numa versão muito mais grotesca. O que esperar de uma pessoas que provavelmente nunca ouviu fala do universalismo do caminho do meio?
Os seus heróis são a direita americana e seus supostos valores comerciais. Nem todos os valores do ser humano podem ser quantificados pela porcentagem do PIB, ou penetração tecnológica. O mundo não pode mais ser dividido em vencidos e perdedores, como se do outro lado não houvessem seres humanos, vítimas de uma cultura que valoriza o supérfluo em detrimento da preservação dos valores ambientais.
É óbvio, que temos uma esquerda medíocre desejosa de cabides de emprego, patrocinadora do estatismo vil que só serve para atrasar o país. Mas daí a dizer que a nossa cultura não serve para nada, que nunca seremos coisa alguma, que nos últimos cinqüenta anos nada mudou em nossa subserviência é menosprezar não só o brasileiro mais a própria capacidade humana de aprimorar-se cada vez mais.
Nunca podemos esquecer que as os países desenvolvidos, a grande maioria, ficaram ricos não apenas com trabalho e conhecimento intelectual, mas também com a escravidão, roubo de riquezas minerais, divisão da África, patrocínio de ditadura militares, envio de sucata tecnológica, corrupção, comprometendo por muitos anos o crescimento dos países periféricos.
Está mais do que na hora de cada brasileiro rebater cada gota de esgoto que sai da boca de certos colunistas, adeptos do quanto pior, melhor.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Sem cigarro.
Nem a Márcia acreditava. Fâ incondicional do tabaco e afins, lutadora fiel dos últimos fumantes da Terra, chegou lá em casa sem folego.
- Rô, agora nós paramos de fumar.
- Legal, nunca soube que vc queria parar. Qual a novidade, eu já tentei de tudo até hipnose.
- Sério, e a solução é tão ridícula que eu me pergunto a todo momento como não pensei nisto antes.
- Estou tentando te levar a sério!
- Sabe aquele lance da cobra?
- Cobra, eu não sei de cobra nenhuma, quer dizer no meu trabalho vivo cercado delas, mas acho que não vem ao caso.
- Escuta vai, lembra do colégio, aquela história que todo professor de biologia conta o antítodo é tirado do próprio bicho lá no Butantâ? Então é mesma coisa. Todos nós fumamos porque associamos o cigarro ao prazer, assim como as crianças quando são amamentadas; algumas continuam com o hábito mesmo depois de adultas...
- Sei, sei, continua.
- Pois é, eu conheci um indiano de nome esquisito que está no Brasil para uma palestra que me ensinou o segredo, tudo muito simples...
- Este é o problema.
- Sério e ele não me cobrou nada. É o seguinte, toda vez que der vontade de fumar, é só molhar o cigarro e tragá-lo, ou tentar para ser mais claro, durante alguns minutos.
- Isto é loucura, ficará um gosto horrível na boca.
- O objetivo é este. A idéia é de que o nosso cérebro associe o cigarro a esta sensação estranha, logo, toda vez que pensarmos em fumar estaremos impregnados deste amagor.
- É, faz sentido.
- Mas tem que fazer por, no mínimo uma semana.
Confesso que estava meio cético no início, por isso só hoje eu esteja contado isto no blog. Não precisei de uma semana não, com dois dias já não aguentava mais olhar para um cigarro na minha frente. Como eu fumei esta porcaria tantos anos?
A Marcinha só esqueceu de me dar o nome do indiano para eu incluí-lo em minhas orações.
Como eu não pensei nisto antes?
- Rô, agora nós paramos de fumar.
- Legal, nunca soube que vc queria parar. Qual a novidade, eu já tentei de tudo até hipnose.
- Sério, e a solução é tão ridícula que eu me pergunto a todo momento como não pensei nisto antes.
- Estou tentando te levar a sério!
- Sabe aquele lance da cobra?
- Cobra, eu não sei de cobra nenhuma, quer dizer no meu trabalho vivo cercado delas, mas acho que não vem ao caso.
- Escuta vai, lembra do colégio, aquela história que todo professor de biologia conta o antítodo é tirado do próprio bicho lá no Butantâ? Então é mesma coisa. Todos nós fumamos porque associamos o cigarro ao prazer, assim como as crianças quando são amamentadas; algumas continuam com o hábito mesmo depois de adultas...
- Sei, sei, continua.
- Pois é, eu conheci um indiano de nome esquisito que está no Brasil para uma palestra que me ensinou o segredo, tudo muito simples...
- Este é o problema.
- Sério e ele não me cobrou nada. É o seguinte, toda vez que der vontade de fumar, é só molhar o cigarro e tragá-lo, ou tentar para ser mais claro, durante alguns minutos.
- Isto é loucura, ficará um gosto horrível na boca.
- O objetivo é este. A idéia é de que o nosso cérebro associe o cigarro a esta sensação estranha, logo, toda vez que pensarmos em fumar estaremos impregnados deste amagor.
- É, faz sentido.
- Mas tem que fazer por, no mínimo uma semana.
Confesso que estava meio cético no início, por isso só hoje eu esteja contado isto no blog. Não precisei de uma semana não, com dois dias já não aguentava mais olhar para um cigarro na minha frente. Como eu fumei esta porcaria tantos anos?
A Marcinha só esqueceu de me dar o nome do indiano para eu incluí-lo em minhas orações.
Como eu não pensei nisto antes?
sábado, 13 de setembro de 2008
César, o faraó.
Na época da escola, olhávamos admirados para as pirâmides do Egito, na maioria das vezes sem conseguir pronunciar seus nomes. Sempre tinha um profesor esquerdista para lembrar dos escravos explorados durante a construção: oh, quanto suor e sangue derramado, quando olhares para esta beleza lembrai-vos do custo humano da sua construção.
No Rio de Janeiro do século XXI, o prefeito Cesar Maia universalizou o conceito de dízimo para as obras faraônicas: rico ou pobre, todos nós estamos pagando pelo seu desvario megalomaníaco.É impossível não admirar, a medida que a construção vai chegando ao fim, afinal é ano de eleição, a beleza da cidade da música. O difícil é não concordar se ela seria mesmo necessária. 5oo milhões de reais; quantos hospitais não poderiam ser feitos, remédios distribuídos, crianças fora da rua, cursos profissionalizantes...
Fica a lição para cada um de nós: quando o ser humano não está comprometido com os ideais humanísticos, a soberba e a loucura sobem a cabeça, fazendo com que as necessidades mais básicas como saúde e educação, sejam preteridas em lugar de projetos de maior visibilidade. Ainda não foi desta vez que aprendemos a lição.
Estimado prefeito Cesar Maia: a história não te absolvirá.
No Rio de Janeiro do século XXI, o prefeito Cesar Maia universalizou o conceito de dízimo para as obras faraônicas: rico ou pobre, todos nós estamos pagando pelo seu desvario megalomaníaco.É impossível não admirar, a medida que a construção vai chegando ao fim, afinal é ano de eleição, a beleza da cidade da música. O difícil é não concordar se ela seria mesmo necessária. 5oo milhões de reais; quantos hospitais não poderiam ser feitos, remédios distribuídos, crianças fora da rua, cursos profissionalizantes...
Fica a lição para cada um de nós: quando o ser humano não está comprometido com os ideais humanísticos, a soberba e a loucura sobem a cabeça, fazendo com que as necessidades mais básicas como saúde e educação, sejam preteridas em lugar de projetos de maior visibilidade. Ainda não foi desta vez que aprendemos a lição.
Estimado prefeito Cesar Maia: a história não te absolvirá.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Eduardo, meu amigo.
É legal falar do Eduardo porque parece que ele não existe. Sabe aquele amigo que passa anos sem te ligar e então fica seis meses ligando toda semana?Que joga futebol todos os dias!!!!!!! Que tem trinta e três anos(um jesus cristo, assim no diminutivo), é virgem e ainda mora com os pais?
Ás vezes ele liga de madrugada, quando eu digo palavrões impublicáveis. Toca a campainha sem ao menos avisar, conversa horas, faz perguntas mirabolantes e com respostas indecifráveis.
- Vc ainda acha que eu posso me candidatar ao primeiro emprego?
- O que eu coloco no meu currículo, já que eu nunca trabalhei?
- O que eu vou fazer quando o meu pai morrer( o pai dele é funcionário do Banco do Brasil) e ele ainda moram de aluguel. Caramba ele já passou por vários cursos, redes, informática, inglês, montagem e manutenção e ainda acha que não está preparado. O mais engraçado é que qualquer ser humano normal já estaria enfartando, preocupado com a taxa selic, poupança, crise no oriente médio, bolsa que cai, investimentos financeiros, mensalidade das crianças... e o meu amigo Eduardo, não.
Vive num mundo a parte, que ruirá certamente mais cedo ou mais tarde, como uma Alice no país das maravilhas ou a Xuxa no mundo da imaginação. Sempre que eu passo de ônibus no aterro, estico o pescoço pela janela, para tentar alcançálo em uma de suas jogadas ensaiadas, passes rápidos de um adolescente trintão. Ele me faz lembrar de um outro amigo meu o Bira:
- Deixa este copo comigo aqui Bira, você já bebeu demais.
- Não posso, a angústia é muito grande. Veja só: eu assino quatro jornais, O Globo, JB, folha e Estadão, o melhor de todos. Mas eu não tenho tempo nem paciência para ler todos eles. As notícias estão cada vez piores, corrupção, mortes, impunidade, não dá.
- E o que isto tem a ver com a bebida?
- No fundo eu tenho inveja dos ignorantes.
- Por que?
- Eles não sofrem.
Ás vezes ele liga de madrugada, quando eu digo palavrões impublicáveis. Toca a campainha sem ao menos avisar, conversa horas, faz perguntas mirabolantes e com respostas indecifráveis.
- Vc ainda acha que eu posso me candidatar ao primeiro emprego?
- O que eu coloco no meu currículo, já que eu nunca trabalhei?
- O que eu vou fazer quando o meu pai morrer( o pai dele é funcionário do Banco do Brasil) e ele ainda moram de aluguel. Caramba ele já passou por vários cursos, redes, informática, inglês, montagem e manutenção e ainda acha que não está preparado. O mais engraçado é que qualquer ser humano normal já estaria enfartando, preocupado com a taxa selic, poupança, crise no oriente médio, bolsa que cai, investimentos financeiros, mensalidade das crianças... e o meu amigo Eduardo, não.
Vive num mundo a parte, que ruirá certamente mais cedo ou mais tarde, como uma Alice no país das maravilhas ou a Xuxa no mundo da imaginação. Sempre que eu passo de ônibus no aterro, estico o pescoço pela janela, para tentar alcançálo em uma de suas jogadas ensaiadas, passes rápidos de um adolescente trintão. Ele me faz lembrar de um outro amigo meu o Bira:
- Deixa este copo comigo aqui Bira, você já bebeu demais.
- Não posso, a angústia é muito grande. Veja só: eu assino quatro jornais, O Globo, JB, folha e Estadão, o melhor de todos. Mas eu não tenho tempo nem paciência para ler todos eles. As notícias estão cada vez piores, corrupção, mortes, impunidade, não dá.
- E o que isto tem a ver com a bebida?
- No fundo eu tenho inveja dos ignorantes.
- Por que?
- Eles não sofrem.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Special to you
Engraçado eu me apaixonar por você. Não tens dinheiro, não tens uma beleza fenomenal, tampouco sonhos tangíveis. É aquela mesma dúvida que assola a mente dos invejosos de plantão: o que será que ele viu nela, tão bonito e ela tão gordinha; mas ele não tem onde cair morto e ela riquíssima, ainda existe golpe do baú, pensei apenas da barriga, isto é mandinga com certeza feita na Bahia que é para dar mais legitimidade, aposto como mergulhou o nome dele no mel ainda na colméia. Elá é muito mais velha que ele, poderia ser a sua mãe, ou quem sabe avó.
O que o mundo não entende, meu amor, é que simplesmente sinto-me feliz ao teu lado. Não, não te enganarei jurando-te amor eterno, papéis assinados, versos docemente preparados. Não tenho mais aquele dissabor adolescente, aquela volúpia desenfreada, amores sobressaltados, corações inquietos. Não fico sem dormir por teu telefonema.
Não me fazes perguntas inquietantes, não tenta me domar, não me liga insistentemente, não queres saber o quanto ganho, nem o meu trabalho, nem quando volto, não me pressiona. Mas quando estás comigo, és simplesmente minha, entrega-se totalmente, a satisfazer todas as minhas vontades, brincar de amar como eu jamais brinquei.
És tão nova para ser dissimulada, que calculo que simplesmente não desejas me perder, razão pela qual sublimas teus desejos mais recônditos. Bem sei que desejas muito mais, talvez o mesmo que todas as mulheres, embora saiba que revelar tal desejo seria arriscar perder-me. Os homens são mesmo uns egoístas.
O que o mundo não entende, meu amor, é que simplesmente sinto-me feliz ao teu lado. Não, não te enganarei jurando-te amor eterno, papéis assinados, versos docemente preparados. Não tenho mais aquele dissabor adolescente, aquela volúpia desenfreada, amores sobressaltados, corações inquietos. Não fico sem dormir por teu telefonema.
Não me fazes perguntas inquietantes, não tenta me domar, não me liga insistentemente, não queres saber o quanto ganho, nem o meu trabalho, nem quando volto, não me pressiona. Mas quando estás comigo, és simplesmente minha, entrega-se totalmente, a satisfazer todas as minhas vontades, brincar de amar como eu jamais brinquei.
És tão nova para ser dissimulada, que calculo que simplesmente não desejas me perder, razão pela qual sublimas teus desejos mais recônditos. Bem sei que desejas muito mais, talvez o mesmo que todas as mulheres, embora saiba que revelar tal desejo seria arriscar perder-me. Os homens são mesmo uns egoístas.
sábado, 26 de julho de 2008
O entardecer de uma estrela
Ela não era linda, mas foi precursora das transformações que Hollywood faria coma as grandes estrelas. No começo sofreu com o sotaque sueco, as gordurinhas indesejáveis, a dentição desalinhada. Conquistou o cinema com Grande Hotel( I want to be alone), A Dama das Camélias e Ninotchka, embora jamais tenha conquistado o Osca a despeito das quatro indicações. Mas a grande pergunta é por que a estrela largou a carreira no auge, tornado-se um mito indecifrável e vivendo reclusa por cinquenta anos. Dizem que ao longo da carreira não deu mais do que quatorze entrevistas. De fato Garbo, como gostava de ser chamada esforçou-se para ser apenas Greta ainda que isto fosse humanamente impossível. Hoje principalmente, nesta época em que, como profetizou Andy Wahrol todo mundo busca os seus quinze minutinhos de fama, Greta Garbo seria tachada de louca ainda que tenha uma correspondente tupiniquim, a nossa querida Lídia Brondi. Em sua última entrevista, pouco antes de morrer, falou sobre a coerência de sua atitude.
" Sou o que o jovem jamais encontrará, o que velho procurou em vão durante toda a sua vida, o que a adolescente gostaria de ser e sou bela como muitas mulheres gostariam jamais serão. Compreendem porque me escondo? Não quero que os sonhos acabem."
Modéstia pouca é bobagem.
" Sou o que o jovem jamais encontrará, o que velho procurou em vão durante toda a sua vida, o que a adolescente gostaria de ser e sou bela como muitas mulheres gostariam jamais serão. Compreendem porque me escondo? Não quero que os sonhos acabem."
Modéstia pouca é bobagem.
Retrato de uma era
Tanto criticado, Michael Jackson é a imagem do nosso tempo. As chinesas modificam os olhos para parecerem ocidentais, mulheres de quarenta vestem-se e comportam-se como suas filhas, roqueiros veteranos esforçam-se para mostrarem-se joviais. Empresas de recrutamento e seleção cada vez preocupam-se com a aparência em detrimento da capacidade intelectual e de trabalho. Quando eu falo em aparência, não me refiro aos desleixados. Obesos, negros, nordestinos e os supostamente feios são julgados por suas características físicas primeiramente. Só um cego(literalmente), não vê. Não são apenas os cargos mais vistosos a manisfestar tal preconceito. Basta uma passada em qualquer shopping para vermos a expressão de uma sociedade que se pretende igualitária, manifestar suas características mais espúrias.
Determinadas pessoas transforma-se em verdadeiras caricaturas, tal é a quantidade de plástica que se submetem. Diante de tais devaneios, por que te criticam tanto Michael?
Determinadas pessoas transforma-se em verdadeiras caricaturas, tal é a quantidade de plástica que se submetem. Diante de tais devaneios, por que te criticam tanto Michael?
terça-feira, 15 de julho de 2008
Obrigações
A campainha toca e, para a minha surpresa, meu amigo Mário Sérgio.
- Parei de fumar.
- Parabéns - falei - eu ainda estou tentando.
- Parabéns, reticências, parei obrigado, estou sentindo a maior falta.
- Obrigado, por quem?
- Por todos. Trabalho num centro comericial, e proibíram inclusive nas varandas. Meu bar expulsou-me para a calçada, a mercê dos ladrões, poluição e pedintes em geral. E a última reunião do condomínio eliminou até as áreas comuns.
- Sobrou a sua casa...
- Rodrigo, eu trabalho 14 horas por dia, durmo cinco, meu cachorro nem me reconhece mais, como arranjarei mais tempo para fumar em casa?
- Mas...
- E isso não é tudo, eu estou preocupado, sem saber aonde tudo isso vai parar. Eu adorava o bingo nos finais de semana, não vivo sem carro, daqui a pouco vão proibir até o jogo do bicho.
- Mas é proibido.
- Então alguém precisa avisar os bicheiros
- Debochado.
- Sério, cara estão proibindo todas as nossa diversões.
- Esta é a vantagem de viver num regime totalitário... Mas pondo a brindeira de lado eu acho que esta é uma das maiores contradições do ser humano. Nós precisamos do governo para tomar medidas que beneficiarão a nós mesmos. Sabemos que a banca sempre ganha, que dirigir depois de beber é perigoso, que o cigarro dá câncer, mas só tomamos as decisões fatídicas quando vem a dolorosa. O risco é exagerarmos e virarmos um imenso USA, onde náo se pode quase nada, a não ser debaixo dos panos. Mas eu ainda acho que é melhor pecar por excesso do que por omissão.
- Rodrigo?
- Que é?
- Posso tomar uma dose do teu uísque?
- Parei de fumar.
- Parabéns - falei - eu ainda estou tentando.
- Parabéns, reticências, parei obrigado, estou sentindo a maior falta.
- Obrigado, por quem?
- Por todos. Trabalho num centro comericial, e proibíram inclusive nas varandas. Meu bar expulsou-me para a calçada, a mercê dos ladrões, poluição e pedintes em geral. E a última reunião do condomínio eliminou até as áreas comuns.
- Sobrou a sua casa...
- Rodrigo, eu trabalho 14 horas por dia, durmo cinco, meu cachorro nem me reconhece mais, como arranjarei mais tempo para fumar em casa?
- Mas...
- E isso não é tudo, eu estou preocupado, sem saber aonde tudo isso vai parar. Eu adorava o bingo nos finais de semana, não vivo sem carro, daqui a pouco vão proibir até o jogo do bicho.
- Mas é proibido.
- Então alguém precisa avisar os bicheiros
- Debochado.
- Sério, cara estão proibindo todas as nossa diversões.
- Esta é a vantagem de viver num regime totalitário... Mas pondo a brindeira de lado eu acho que esta é uma das maiores contradições do ser humano. Nós precisamos do governo para tomar medidas que beneficiarão a nós mesmos. Sabemos que a banca sempre ganha, que dirigir depois de beber é perigoso, que o cigarro dá câncer, mas só tomamos as decisões fatídicas quando vem a dolorosa. O risco é exagerarmos e virarmos um imenso USA, onde náo se pode quase nada, a não ser debaixo dos panos. Mas eu ainda acho que é melhor pecar por excesso do que por omissão.
- Rodrigo?
- Que é?
- Posso tomar uma dose do teu uísque?
segunda-feira, 14 de julho de 2008
O inverno de Ronaldo.
Ronaldo fenômeno não tem paz. Jogador profissional desde a adolescência, campeão do mundo, diversos títulos conquistados, desacreditado, recuperado; não são poucos os adjetivos e percalços que os acompanharam durante quinze anos. Vítima de uma imprensa predadora, subserviente nos louros, implacável na lona, gostaria apenas de ser uma pessoa normal. Desculpe meu caro, impossível. Não terás o direito de ter barriga, tomar um porre, ser fraco ou promíscuo( quantos homens não o são), que mulher hoje teria coragem de pôr a mão no fogo pelo seu; acredito que nem a Igreja colocaria tantos são os casos de padre pedófilos. O fato é que tudo isto é reflexo da nossa cultura que busca pessoas perfeitas, plastificadas, modelos inatingíveis, defensoras da moral e dos bons costumes. Imagine a vida de Ronaldo; obrigado a ser um modelo a ser seguido vinte e quatro horas por dia. Tem que ser bom marido, jogador invencível, sempre sorridente, embaixador da ONU, pai exemplar. Eu te defendo Ronaldo, não pelas suas atitudes; dizem respeito apenas a você e as pessoas com quem relacionou-se. Defendo, porque pela primeira vez, te vejo mortal comum, como todos nós, fumando um cigarro(como é difícil parar), com uma barriga- o mais difícil de malhar na academia-, curioso em conhecer as fraquezas humanas expostas para qualquer um nas esquinas do Rio de Janeiro.
As pessoas que criticam tão ferozmente, tenha certeza, não tem lugar garatido no paraíso, pois são tão humanas quanto você, se todos soubessem o que cada um fez no passado, talvez refletissem sobre o que falam da vida alheia cada vez que os lábios se mexem.
As pessoas que criticam tão ferozmente, tenha certeza, não tem lugar garatido no paraíso, pois são tão humanas quanto você, se todos soubessem o que cada um fez no passado, talvez refletissem sobre o que falam da vida alheia cada vez que os lábios se mexem.
domingo, 13 de julho de 2008
Eu ainda acredito em sonhos.
Num mundo onde a inveja predomina( nossa também, falando de uma maneira genérica), acredito que devemos tentar buscar, ainda que na maior das dificuldades, aquele sonho tantas vezes guardado na gaveta, lá no fundo do baú. Que sonhos são esses? Aqueles que não contamos para ninguém, segredamos a nós mesmos apenas à noite, quando o sono insiste em não chegar.Desistimos daquele grande amor(não existe, coisa de adolescente, caia na real, seja pragmático, dizem os demonstradores de sapiência, sempre de plantão); acabamos acreditando.
Ele chegou bêbado, às cinco da manhã? Faz parte da natureza masculina. Teu filho não faz nada em casa, só fala gírias e não gosta de estudar. A juventude é assim mesmo, não se preocupe, passa com a idade. Nao passa não, não é normal. Recuso-me, não aguento mais.Chega de uma vida de derrotas, de choros, de dinheiro contado. Liquidações inúteis, conversas vazias, beijos alcoólicos, perfumes não lembrados.
Auto-estima é fundamental para sabermos que se não é do jeito que eu quero, então não vale a pena. Prefiro recomeçar, uma nova história. Às vezes, chegamos ao fundo do poço e não percebemos. Traições perdoadas, dívidas não pagas, mentiras deslavadas. Os anos passam, meia-idade ou velhice se aproximando, se não dermos uma sacudida, a melancolia toma conta, quando não uma depressão, acompanhada quase sempre de visitas tediosas a terapeutas à procura de remédios que sabemos, nada farão por nossa infelicidade. O segredo: nenhum, sabemos de cor; não quero mais, chega, preciso cuidar de mim. Coisa aliás, que não fiz a minha vida toda. Sempre pensando nos outros, em grande parte culpa da educação esquerdista judaico-cristã, responsável em grande por nosso sentimento de culpa. Afinal, diz a sabedoria popular, um relacionamento precisa de, no mínimo, duas pessoas. Pelo menos.
Ele chegou bêbado, às cinco da manhã? Faz parte da natureza masculina. Teu filho não faz nada em casa, só fala gírias e não gosta de estudar. A juventude é assim mesmo, não se preocupe, passa com a idade. Nao passa não, não é normal. Recuso-me, não aguento mais.Chega de uma vida de derrotas, de choros, de dinheiro contado. Liquidações inúteis, conversas vazias, beijos alcoólicos, perfumes não lembrados.
Auto-estima é fundamental para sabermos que se não é do jeito que eu quero, então não vale a pena. Prefiro recomeçar, uma nova história. Às vezes, chegamos ao fundo do poço e não percebemos. Traições perdoadas, dívidas não pagas, mentiras deslavadas. Os anos passam, meia-idade ou velhice se aproximando, se não dermos uma sacudida, a melancolia toma conta, quando não uma depressão, acompanhada quase sempre de visitas tediosas a terapeutas à procura de remédios que sabemos, nada farão por nossa infelicidade. O segredo: nenhum, sabemos de cor; não quero mais, chega, preciso cuidar de mim. Coisa aliás, que não fiz a minha vida toda. Sempre pensando nos outros, em grande parte culpa da educação esquerdista judaico-cristã, responsável em grande por nosso sentimento de culpa. Afinal, diz a sabedoria popular, um relacionamento precisa de, no mínimo, duas pessoas. Pelo menos.
Um domingo, um lugar.
Engraçado como não nos damos conta da rapidez com que nos cumprimentamos. De repente recebemos a notícia de que perdemos um amigo, um parente, um conhecido e, tentando buscar na memória quando foi a última vez que nos encontramos, o que lembramos? Um aceno, dois beijos no rosto, te vejo mais tarde, me liga, te passo um e-mail. Desculpas à parte, difícil não sentir um remorso, uma dorzinha no peito, uma vontade de voltar no tempo, aquela pizza talvez, um chopinho a mais no bar, uma conversa descontraída.
Sinto-me assim neste momento, meu amigo Pablo. Mal consigo acreditar que não nos veremos mais; céus com quem compartilhar Tolstói, Jorge Amado, Cora Coraliana hoje em dia. É como se fôssemos novamente aqueles dois caras desempregados, percorrendo maravilhosamente o Rio de Janeiro, assistindo como turistas embasbacados em quantos minutos se daria o pôr do sol.
Meu amigo Pablo, me arrependo sim, de não ter visto por mais tempo, de ter lido tantas notícias(inúteis, muitas), quando não desnecessárias, quando poderíamos ter curtido a nossa amizade de uma maneira muito mais proveitosa.
Você não está mais aqui, esta é uma realidade que terei que aprender a lidar, mas tenho certeza que em minhas orações, tentarei de alguma forma, chegar naqueles momentos em que, juntos, sonhávamos que a esperança e a fé é que definem a realidade de um ser humano.
Fique em paz.
Sinto-me assim neste momento, meu amigo Pablo. Mal consigo acreditar que não nos veremos mais; céus com quem compartilhar Tolstói, Jorge Amado, Cora Coraliana hoje em dia. É como se fôssemos novamente aqueles dois caras desempregados, percorrendo maravilhosamente o Rio de Janeiro, assistindo como turistas embasbacados em quantos minutos se daria o pôr do sol.
Meu amigo Pablo, me arrependo sim, de não ter visto por mais tempo, de ter lido tantas notícias(inúteis, muitas), quando não desnecessárias, quando poderíamos ter curtido a nossa amizade de uma maneira muito mais proveitosa.
Você não está mais aqui, esta é uma realidade que terei que aprender a lidar, mas tenho certeza que em minhas orações, tentarei de alguma forma, chegar naqueles momentos em que, juntos, sonhávamos que a esperança e a fé é que definem a realidade de um ser humano.
Fique em paz.
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